Cade aprova aquisição da Fleet Services pela Movida

Cade aprova aquisição da Fleet Services pela Movida

Compra de 100 por cento das quotas da Fleet Services pela companhia de locação de veículos foi anunciada em 17 de agosto

A Superintência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pela Movida da locadora de veículos de alto padrão Fleet Services, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.

Em 17 de agosto, a companhia de locação de veículos e gestão de frotas anunciou a compra de 100 por cento das quotas da Fleet Services, então detidas pelo Grupo Eurobike e por Jorg Henning Dornbusch.

O acordo previa pagamento de 5 milhões de reais, acrescidos de outros 17 milhões de reais em dívidas da Fleet, conforme informou a Movida em comunicado.

Parecer divulgado no site do Cade ressalta que a autarquia “entende que o mercado de terceirização de frotas não se confunde com o de locação de veículos”. O documento ainda cita que os veículos que serão adquiridos pela Movida representam menos de 10 por cento do volume em circulação no mercado de terceirização de frota.

O órgão antitruste ainda destaca que a receita da Fleet em 2016 também correspondeu a menos de 10 por cento do faturamento total do mercado.

“Por todo o exposto, em face da baixa sobreposição horizontal decorrente da operação, esta Superintendência-Geral conclui que a presente operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial, podendo ser aprovada por rito sumário”, diz o parecer.

As ações ordinárias da Movida acumulam ligeira queda de 1,58 por cento em setembro.

Fonte: EXAME

Denúncias de corrupção impulsionaram aquisições no Brasil

Denúncias de corrupção impulsionaram aquisições no Brasil

Foto: Apargatas

Das 240 aquisições, 55% foram por grupos nacionais, participação que deve ser revertida em favor de estrangeiros até o fim do ano.

Parte da alta do movimento de aquisições de empresas no Brasil se deve à necessidade de grupos envolvidos em denúncias de corrupção, como as da Lava Jato, se desfazerem de ativos.

“Essas empresas ficaram sem crédito, sem condições de renegociar dívidas, perderam clientes e precisavam de capital de giro”, diz Leandro Almeida, professor da área de finanças e negociação da FGV e sócio da empresa Lynce Group.

Exemplos são a venda da Alpargatas, da J&F, para a Itaúsa e a Cambuhy, por R$ 3,5 bilhões, e da fatia da Odebrecht Transport no Aeroporto do Galeão para o grupo chinês HNA Infrastructure.

Grupos da China, aliás, estão presentes em boa parte dos negócios de compra de ativos brasileiros. “A China tem estratégia voltada para infraestrutura de entrar em cada elo da cadeia de modo sequencial”, afirma Marcus Ayres, do BCG.

Das 240 aquisições feitas até agosto, 55% foram por grupos nacionais, participação que, segundo analistas, deve ser revertida em favor de investimentos estrangeiros até o fim do ano.

Os preços das empresas brasileiras, que se depreciaram em relação ao resto do mundo, tendem a se acomodar. “A conjuntura já está precificada”, diz Almeida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame