‘Cashback’ na internet disputa o mundo real

‘Cashback’ na internet disputa o mundo real

Foto: Salmen, sócio-fundador da Méliuz, diz que a Subway já contratou o serviço

A Méliuz, fundada há seis anos por Israel Salmen e Ofli Guimarães, oferece um serviço atraente: parte do que você gasta na compra de uma variedade de produtos é depositado de volta na sua conta
corrente – um negócio conhecido como “cashback”. Na internet, ela já tem clientes de grande porte como Amazon, Submarino, Walmart e Latam, entremuitas outras. Agora, Salmen e Guimarães tentam ganhar espaço no varejo tradicional.

“A gente começou a olhar para o mercado físico como um caminho para a expansão”, disse Salmen, um economista de 29 anos que falou ao Valor na sede da Méliuz em Belo Horizonte. Para oferecer o serviço em restaurantes, bares e lanchonetes de São Paulo, Rio e Belo Horizonte, a Méliuz fez um etapa de testes entre março e julho do ano passado. “Nossa meta é ter parcerias com dois mil desses estabelecimentos em 2018”, disse. Por ora ele revela só um nome que já contratou o serviço: a rede americana de lanchonetes Subway.

Salmen e Guimarães fizeram sua primeira investida em lojas físicas no ano passado. Foi numa rede de supermercados no sul de Minas Gerais, a GF. Hoje a Méliuz está em uma das principais redes de supermercados de Belo Horizonte, o Verdemar; no mercado Alvorada, do interior de Minas; e na rede de farmácias Drogafuji, de Brasília. “Também queremos ter parcerias com supermercados em São Paulo e Rio”, diz o empresário.

O e-commerce continua sendo o carro-chefe da empresa, que diz ter 3,5 milhões de cadastrados em seu site, mas não diz quantos desses realmente compram usando o serviço de ‘cashback’. “Em 2017 eles gastaram R$ 1,5 bilhão em nossos parceiros, bem mais do que em 2016”. O faturamento também é mantido em segredo. Segundo Salmen, desde 2013 a empresa fecha no azul e já devolveu R$ 46 milhões para os usuários. A expectativa é de mais crescimento em 2018.

Além dos dois fundadores, a empresa tem como sócios investidores o Lumia Capital, fundo de San Francisco (EUA); o fundo brasileiro Monashees; a Endeavor Catalist; e o investidor francês Fabrice Grinda, fundador da OLX, varejista on-line de produtos usados.

O negócio de Salmen e Guimarães parte de uma ideia simples. Grandes empresas do varejo sempre buscam novas formas de promover seus produtos. Uma delas é usar sites que oferecem diversas marcas de produtos e serviços e que ajudam o consumidor a fazer suas escolhas. O site da Méliuz é um deles. “Somos um canal de vendas”, define Salmen.

As empresas pagam para aparecer em sites como o da Méliuz. Antes do Natal, por exemplo, uma compra pelo site de eletrodomésticos do Walmart no valor de R$ 100 rendia R$ 0,25 (ou 2,5%) ao consumidor em “cashback”. Livros e CDs na Amazon rendiam 4%; no Boticário, 5%; e na rede de calçados Shoestock, 8,5%. Funciona assim: depois que o consumidor faz o pagamento, as empresas parceiras pagam uma comissão à Méliuz, que usa parte desse valor para fazer o “cashback”. O valor é depositado na conta corrente do consumidor quando ele acumula R$ 20 em créditos. No comércio físico, o cliente precisa informar que é cadastrado na Méliuz antes de pagar.

“Clientes já tomam decisão de compra baseada no ‘cashback’, as empresas ganham ‘share’, aumentam suas vendas e conseguem estimular vendas que não aconteceriam”, diz Salmen.

O Méliuz disputa espaço no Brasil principalmente com comparadores de preço, com sites de pontos que dão descontos em compras e outras empresas menores de ‘cashback’. Buscapé, Dotz e o novato Be Blue estão entre os que disputam mercado com a companhia de Salmen e Guimarães.

Nos EUA, o E-bates é um dos sites que estão no mercado do ‘cashback’. No Reino Unido, o Quidco.

Fonte: Valor Econômico

Gestão de custos: como ter um bom controle financeiro

Gestão de custos: como ter um bom controle financeiro

Uma gestão de custos de qualidade é onde começa seu sucesso financeiro!

É muito importante que o empreendedor conheça o próprio negócio para não deixar, nas mãos de terceiros, cuidados essenciais como uma boa gestão de custos. O conhecimento do assunto auxilia o proprietário do negócio a ter uma boa gestão financeira, administrar e controlar os custos gerados na produção e comercialização de serviços ou produtos.

O preço final de um serviço prestado ou produto vendido depende do quanto é investido para que ele exista. Quando não tem uma gestão de custos eficaz, a empresa pode cobrar valores que não condizem com a realidade, podendo prejudicar margens de lucro, volume de vendas ou o andamento geral do negócio.

Como detalhar os custos do empreendimento?

Primeiramente, é preciso ter em mente que os custos se dividem em variáveis e fixos.

Os fixos são aqueles gastos rotineiros, como pagamento de contas, fornecedores, funcionários, aluguel, entre outros.

Os custos variáveis correspondem a tudo o que é gasto para produzir ou comercializar o seu produto ou serviço, como por exemplo, os impostos sobre mercadoria e comissão de vendedores.

Procure fazer um registro de todos os gastos, para que seja possível identificar investimentos desnecessários e outros que mereçam uma atenção especial, por resultarem em maior qualidade ou volume de vendas, por exemplo. Estabelecer um calendário ou tabela de metas mensais ajuda a controlar os gastos, tanto fixos quanto variáveis.

controle de gastos é essencial para fornecer as informações necessárias sobre a rentabilidade e desempenho das atividades da empresa. Além disso, essa gestão auxilia o planejamento, controle e desenvolvimento das diversas operações da empresa.

O que é uma boa gestão de custos?

Sem dúvidas, ter um controle de custos eficiente se tornou uma medida certa para a manutenção da saúde organizacional de uma empresa. Quando mal feito, invariavelmente interfere nos resultados planejados e implica em possível queda de produtividade. Mas, afinal, como podemos medir se estamos executando uma gestão eficaz?

Um bom controle depende de disciplina. Se sua equipe de gestão tiver a capacidade de analisar constantemente os procedimentos financeiros, detalhá-los em planilhas e registros organizados e souber pescar oportunidades de investimentos para que sua empresa possa crescer de forma sustentável, podemos chegar à conclusão que sua empresa está realizando um controle de qualidade.

De qualquer forma, o aconselhável para um bom início é seguir as regras básicas de organização e análise. Se seguidos com qualidade, o caminho mais provável será o de desenvolvimento e capacidade de gerir os números de sua empresa.

Controlando e analisando, sua empresa só tem a ganhar

Se a sua empresa investir em gestão de custos eficaz, provavelmente gastará menos e lucrará mais. Com os dados obtidos durante esse levantamento rotineiro, é possível conseguir informações valiosas que influenciarão diretamente na tomada de decisões. Não importa o valor, vale registrar tudo o que entra e sai da empresa. Assim, fica mais fácil atingir o crescimento almejado.

Fonte: Endeavor Brasil

Como calcular o valor das Startups

Como calcular o valor das Startups

Como princípio deveríamos calcular o valor das startups da mesma forma como calculamos o valor das empresa maduras. Contudo, a valoração  é mais difícil  pela maior incerteza  com relação ao seu futuro.

Há risco de startups não conseguirem iniciar suas operações ou de não se desenvolverem. Seus modelos de negócios podem ser copiados ou mesmo não atraírem pessoas e clientes. As incertezas são diversas e tendem a estar associadas a mudanças de mercado ou mesmo à reação de concorrentes.

Apesar de usarmos matemática para calcularmos o valor das companhias, grande parte do processo esta relacionado à imaginação. Calculamos o valor das companhias imaginando como será o seu futuro em termos de geração de caixa.

Quando possuímos um histórico ou um comparativo é mais fácil para imaginarmos o que pode acontecer. Porém, valuation (avaliação de empresas) é baseada em uma percepção de futuro, ou seja, não se pode afirmar o que efetivamente vai acontecer.

Sendo assim, como há risco daquilo que imaginarmos para o futuro não acontecer, não há como afirmarmos com certeza quanto uma empresa realmente vale.

UM DOS MAIORES MITOS EM RELAÇÃO À VALUATION É O DE QUE HÁ UM VALOR JUSTO PARA AS EMPRESAS.

Valor justo não existe, é uma ilusão pois valuation não é uma ferramenta de precisão. O que calculamos é um valor baseado em nossas próprias percepções de futuro em relação à companhia.

Como percepção é algo muito particular, cada um pode perceber um valor diferente e propor um preço que muitas vezes não atende o valor que imaginamos.

Mas para que serve valuation? Geralmente as pessoas acreditam que seu objetivo é exclusivamente o de calcular o valor. O real objetivo deveria ser o de calcularmos um intervalo de valor que estaríamos dispostos a negociar nossa companhia. Utilizamos esta ferramenta geralmente quando queremos captar dinheiro de investidores ou mesmo quando queremos vender nossos ativos.

Companhias valem pela sua capacidade de gerar caixa e não pelo valor do seu patrimônio. Basicamente queremos saber quanto uma empresa vale hoje baseado em como se desenvolverá no futuro. Quanto maior for o seu potencial de geração de caixa e menor os riscos envolvidos, maior é o seu valor.

O valor muda com frequência, seja a cada evolução operacional, mudança de mercado ou pelo lançamento de um novo projeto, mesmo que este seja apenas uma ideia.

Quanto maior o crescimento percebido, maior o valor das companhias. Quem cresce mais, vale mais. Geralmente o crescimento está relacionado à capacidade das companhias de se diferenciarem e de manterem seu nível de competitividade.

Os métodos para avaliação de empresas geralmente utilizam conceitos de matemática, contabilidade e finanças, o que nos faz inferir que são totalmente quantitativos e que bastam apenas números para calcularmos os valores. Entretanto, este é mais um mito sobre valuation, pois apesar de a maioria dos modelos serem quantitativos, a decisão de investimentos pode ser em grande parte qualitativa e principalmente relacionada aos riscos envolvidos no seu desenvolvimento.

Investidores costumam dizer que avaliar companhias em estágio inicial é parte ciência e parte arte. A arte de calcularmos o valor das empresas está em como determinamos as premissas que usaremos nos modelos matemáticos, sendo que estas premissas podem ser quantitativas, qualitativas e até subjetivas. Evidentemente que todas devem se refletir em números. Contudo, como explicar as premissas de forma realista é das questões mais importantes e fator crítico para a qualidade do valuation.

Há diversos modelos de avaliação, quantitativos e qualitativos, contudo nenhum deles é perfeito para avaliarmos companhias startup, assim, eles podem ser complementares na análise. Para se avaliar empresas startup, a combinação de modelos pode trazer importante visão, não somente de valor, mas principalmente dos riscos.

O modelo do fluxo de caixa descontado é dos modelos quantitativos mais utilizados e eficazes para a avaliação de empresas. Consiste em calcular o valor presente de um fluxo de caixa projetado de uma companhia, considerando todo o seu potencial de crescimento.

O processo de análise começa com a formação de uma história que descreve como a companhia se desenvolverá. Para isso, é importante uma visão sobre o que esta companhia já realizou e como ela está inserida dentro de sua arena competitiva. A história deve conter um cenário de desenvolvimento que considera seus principais direcionadores de valor, ou seja, quais os aspectos e premissas mais importantes que vão determinar o seu desenvolvimento ao longo dos anos.

Com o cenário de desenvolvimento desenhado, monta-se uma projeção de resultados e de fluxos de caixa futuros da companhia que será descontado por uma taxa que represente o seu custo do capital. Esta taxa de desconto reflete o custo que os investidores e financiadores cobrarão da companhia em função do seu risco. Companhias menos arriscadas requerem menores taxas de desconto.

Há diversos desafios a serem superados para uma boa avaliação de empresas startup. Conseguir informações confiáveis e estimar taxa de crescimento, tamanho de mercado, taxa de desconto e a margem operacional, são alguns dos desafios a se superar, o que pode inclusive determinar a qualidade da avaliação.

Muitos acham que o valor das startups não está principalmente associado aos seus resultados, mas à sua capacidade de crescer aceleradamente. Cuidado. Sem resultados no curto prazo, dificilmente as empresas conseguirão atingir a maturidade.

COMEÇAR UMA COMPANHIA NUM SETOR DE ALTO POTENCIAL É IMPORTANTÍSSIMO PARA ATRAIR INVESTIDORES, PORÉM NÃO SE ILUDA SOMENTE COM O ENORME VALOR QUE AS PROJEÇÕES PODEM APRESENTAR.

Procure justificar como a empresa executará seu plano de negócios para realmente conseguir criar todo o valor que a avaliação apresentou. Lembre-se: a arte de avaliar bem as companhias está no potencial de imaginarmos o seu futuro, mas é imprescindível que nossa imaginação também preveja uma argumentação consistente, especialmente em relação às premissas utilizadas.

Por Ricardo Mollo

Acordo para vender Amil e hospitais pode atingir R$ 7 bi

Acordo para vender Amil e hospitais pode atingir R$ 7 bi

Os herdeiros do falecido fundador do grupo de saúde Amil, Edson de Godoy Bueno, estão em negociações com a gigante americana UnitedHealth para vender os 10% de participação remanescentes da família no grupo e pelo menos cinco hospitais da rede Ímpar, controlada pela família, de acordo com uma pessoa a par das negociações. O valor total do negócio poderia movimentar até R$ 7 bilhões, segundo a mesma pessoa.

Os hospitais que estariam sendo negociados são 9 de julho e Santa Paula, em São Paulo; São Lucas, na cidade do Rio de Janeiro, e Complexo Hospitalar de Niterói, no município de mesmo nome, ambos no Estado do Rio; e Hospital e Maternidade Brasília, no Distrito Federal (DF). Procuradas, as assessorias da família Bueno, da Amil e da UnitedHealth Group Brasil informaram que não comentam especulações de mercado.

Em 2012, Bueno e a ex­mulher, Dulce Pugliese, que mesmo separada nunca deixou de ser sócia dele nos negócios, venderam 90% do capital do grupo Amil para a UnitedHealth por US$ 4,9 bilhões, ou cerca de R$ 10 bilhões. O negócio completa cinco anos neste mês. O Valor apurou que no contrato estabelecido há cinco anos foi colocada uma “escrow account”, ou contagarantia. Pelo mecanismo utilizado em aquisições, parte do investimento, ou do ativo a ser negociado, fica retido por determinado período, sem possibilidade de ser transacionado, como garantia para possíveis passivos
que poderiam surgir nos anos seguintes à concretização do negócio.

No caso da venda do grupo Amil, as partes decidiram que 10% da empresa ficaria de fora das mãos dos americanos, sob a classificação de “escrow account”, pelo período de cinco anos, prazo que está se encerrando. “Estão negociando agora para saber qual o valor [dos 10%], analisando o balanço, as receitas que entraram e que saíram, para assim estabelecer [o preço]”, disse essa pessoa que acompanha o assunto.

Como o grupo Amil foi vendido por cerca de R$ 10 bilhões, a parcela restante poderia ser negociada por entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão. A família quer, também, vender hospitais que fazem parte da rede Ímpar, ainda controlada pelos Bueno. As unidades, juntas, poderiam ser vendidas por R$ 6 bilhões.

Com a venda da parcela de 10%, a família Bueno sairia completamente dos negócios do grupo Amil no Brasil. Bueno morreu em fevereiro deste ano, aos 73 anos, vítima de um infarto ocorrido durante um jogo de tênis em sua casa de veraneio em Armação dos Búzios (RJ). A Amil começou como um plano de saúde, com atuação restrita a um hospital no município de Duque de Caxias, na baixada fluminense. Na época da morte do empresário, o grupo contabilizava 6,2 milhões de beneficiários, com 1,8 mil hospitais credenciados, 12 unidades próprias e 368,8 mil empresas clientes.

A UnitedHealth é um dos maiores grupos empresariais dos Estados Unidos, com valor de mercado próximo de US$ 190 bilhões. No Brasil, comanda três unidades de negócios distintas. Além da operadora de planos de saúde (Amil), atua nos segmentos de serviços médicos­hospitalares (Americas Serviços Médicos) e tecnologia aplicada à saúde (Optum).

Fonte: Valor Econômico

Cade aprova aquisição da Fleet Services pela Movida

Cade aprova aquisição da Fleet Services pela Movida

Compra de 100 por cento das quotas da Fleet Services pela companhia de locação de veículos foi anunciada em 17 de agosto

A Superintência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pela Movida da locadora de veículos de alto padrão Fleet Services, de acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.

Em 17 de agosto, a companhia de locação de veículos e gestão de frotas anunciou a compra de 100 por cento das quotas da Fleet Services, então detidas pelo Grupo Eurobike e por Jorg Henning Dornbusch.

O acordo previa pagamento de 5 milhões de reais, acrescidos de outros 17 milhões de reais em dívidas da Fleet, conforme informou a Movida em comunicado.

Parecer divulgado no site do Cade ressalta que a autarquia “entende que o mercado de terceirização de frotas não se confunde com o de locação de veículos”. O documento ainda cita que os veículos que serão adquiridos pela Movida representam menos de 10 por cento do volume em circulação no mercado de terceirização de frota.

O órgão antitruste ainda destaca que a receita da Fleet em 2016 também correspondeu a menos de 10 por cento do faturamento total do mercado.

“Por todo o exposto, em face da baixa sobreposição horizontal decorrente da operação, esta Superintendência-Geral conclui que a presente operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial, podendo ser aprovada por rito sumário”, diz o parecer.

As ações ordinárias da Movida acumulam ligeira queda de 1,58 por cento em setembro.

Fonte: EXAME