por Trade | nov 21, 2018 | Fusões e Aquisições
Foto: REUTERS/Nacho Doce
Presidente do banco de fomento, Dyogo Oliveira, afirmou que medida deve ter início até o final do mês
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá lançar até o final deste mês sua primeira linha de crédito direto com o Banco de fomento para startups, disse o presidente do BNDES, Dyogo de Oliveira, no evento Acelerastartups que acontece na Fiesp.
“Acabamos de aprovar linha direta com o BNDES para empresas inovadoras com créditos de valores abaixo de R$ 10 milhões”, afirmou, lembrando que normalmente os empréstimos concedidos superam esse montante. A linha estará voltada a startups com faturamento acima de R $ 1 milhão.
Oliveira acrescentou que há uma grande dificuldade de operar com startups em crédito e que o BNDES entende que empresas inovadoras necessitam sobretudo de investimento. “Isso faz com que o banco acentue suas participações em outras iniciativas, como o fundo de Venture Debt”, afirmou.
De acordo com ele, esse fundo já começa também a fazer seleção de gestores.
Programa Garagem
O BNDES irá abrir no próximo dia 6 de dezembro o processo de seleção para o programa de aceleração de startups BNDES Garagem, também afirmou Oliveira durante o evento.
De acordo com ele, o programa tem objetivo de enriquecer o ecossistema de inovação. Na primeira fase, 60 empresas serão selecionadas para compartilharem espaço alugado pelo Banco no Rio de Janeiro.
Na segunda fase, em janeiro, serão outras 60. “Ainda não definimos quantas empresas o programa irá acolher quando estiver totalmente implementado”, acrescentou.
“A vantagem é que o BNDES tem capacidade de atrair grandes empresas para cooperar com ambiente e mobilidade para reunir a indústria de fundos”, comentou.
O presidente do BNDES informou ainda que o banco de fomento tem R$ 600 milhões disponíveis para serem investidos no fundo Criatec, onde já investiu R$ 3 bilhões.
Fonte: ESTADÃO
por Trade | nov 21, 2018 | Fusões e Aquisições
Foto: Cassio Beldi (à esq.), sócio da Mint; José Aliperti, sócio fundador da Escola Mais; e Guilherme Affonso Ferreira Filho, presidente da Bahema Educação
Entre 2013 e 2017, o número de alunos em escolas públicas de educação básica caiu 8%, enquanto o volume de matrículas na rede privada cresceu 7%. Essa tendência deve continuar com força diante da perspectiva de recuperação da economia – a expectativa é que 1 milhão de estudantes dos ensinos infantil ao médio migrem para colégios particulares nos próximos cinco anos, de acordo com a consultoria EY Parthenon. Diante desse cenário, grupos educacionais e investidores estão de olho no mercado de escolas para a classe C.
Neste ano, o Grupo SEB, do empresário Chaim Zaher, anunciou um investimento de R$ 50 milhões na criação da rede Luminova, de escolas com mensalidade de até R$ 560. Agora, um outro grupo de investidores e empreendedores planeja aportar pelo menos R$ 25 milhões na ampliação do projeto da Escola Mais, com mensalidades de R$ 690 e aulas em período integral. A primeira unidade começou a funcionar este ano no bairro da Penha, na zona Leste de São Paulo.
A Escola Mais tem como investidores a Bahema Educação, holding da família Affonso Ferreira (conhecida por investimentos no antigo Unibanco e na empresa de autopeças Mahle Metal Leve); a gestora de recursos Mint; e a Ágathos Educacional, rede de colégios das bandeiras Anglo e Objetivo, que tem entre os sócios Luiz Castanho, pai de Daniel Castanho, presidente do conselho da Anima – um dos maiores grupos de ensino superior privado do país.
Juntos, Bahema, Mint e Ágathos detêm uma participação de 60% na Escola Mais. A outra fatia pertence aos fundadores do empreendimento: o administrador de empresas José Aliperti, o engenheiro e cineasta Günther Mittermayer e a pedagoga Marina Castellani.
Tanto a Escola Mais quanto a Luminova entraram nesse mercado com a proposta de oferecer colégios de baixo custo, boa qualidade e metodologias modernas de aprendizagem. Há aulas de inglês todos os dias, aprendizado adaptativo com uso de plataforma tecnológica, trabalhos em equipe para desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, entre outras ferramentas adotadas em colégios voltados para o público de alta renda.
Nos dois casos, os acionistas têm experiência com colégios premium. O SEB é dono do colégio Concept, conhecido por metodologias pedagógicas inovadoras, que tem mensalidade na casa dos R$ 8 mil. A Bahema é acionista da Escola da Vila, em São Paulo, uma das pioneiras na adoção do construtivismo – metodologia que propõe que o saber não seja passado pronto pelo professor, mas construído pelo aluno, por meio da exposição de situações, formulações de hipóteses e atividades interativas. As mensalidades da Escola da Vila na educação básica vão de R$ 2,6 mil a R$ 3,3 mil.
Na visão de Felipe Miglioli, sócio da EY Parthenon, há uma oportunidade de mercado no segmento de escolas para a classe C, uma vez que os alunos podem vir tanto da rede pública num momento de melhora da economia, quanto de outras escolas particulares mais caras num cenário de crise. “Na cidade de São Paulo, há 5 mil escolas privadas, sendo que 15% têm mensalidades abaixo de R$ 500. Muitas vezes, a qualidade de ensino dessas escolas é muito parecida com a da rede pública”, diz Miglioli.
“Escolhemos abrir nossa primeira unidade na Penha porque é a região com o pior desempenho no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] entre as escolas particulares da zona Leste da capital”, afirma Aliperti, que antes dessa empreitada trabalhou no Colégio Porto Seguro e numa startup de educação. O investimento inicial foi de R$ 5 milhões para desenvolvimento de material didático e reforma do prédio que, atualmente, abriga 60 alunos do sexto e sétimo ano.
A inadimplência dessa primeira turma da Escola Mais é de menos de 1%, mesmo patamar das escolas premium da Bahema, que além da Escola da Vila, também é acionista da Escola Parque, no Rio, e da Balão Vermelho, em Belo Horizonte. “Quando os pais têm a percepção da qualidade do ensino eles são mais comprometidos, independentemente da renda”, diz Guilherme Affonso Ferreira Filho, presidente-executivo da Bahema.
Mas ao contrário dos colégios voltados para a alta renda, cujas margens são elevadas, as escolas com um perfil mais popular requerem uma outra forma de operar. “É um tipo de negócio que precisa ter escala para a conta fechar”, afirma Cássio Beldi, sócio fundador da Mint. Não à toa, a Escola Mais pretende levantar R$ 20 milhões com investidores no próximo ano para abrir outras duas unidades em 2020, também na zona Leste de São Paulo. A meta é chegar em 2022 com cerca de 13 unidades na capital paulista.
Antes de investir no segmento premium, a Bahema analisou o mercado de colégios da base da pirâmide, mas desistiu devido ao desafio da escala. O projeto da Escola Mais foi apresentado em 2015 e a Bahema decidiu entrar como investidora minoritária, com uma fatia de 15%, dando total liberdade aos fundadores.
“Nosso foco principal continua sendo as demais escolas, mas sabemos que há um limite de crescimento no público de alta renda. Ao mesmo tempo, temos consciência dos grandes desafios do mercado ‘low cost’ de escolas”, disse Affonso Filho. Um desses desafios é o gap de conhecimento que o aluno da rede pública chega na escola privada. A Escola Mais atende alunos dos ensinos fundamental II e médio.
No longo prazo, os sócios da Escola Mais vislubram a possibilidade de o governo firmar parcerias com escolas privadas para atender alunos de baixa renda. O futuro ministro da Economia Paulo Guedes é um defensor da oferta de “vouchers” pelo governo para que estudantes tenham acesso à rede privada. “Hoje, o governo gasta R$ 700 por aluno na educação básica no Brasil. Em São Paulo, o valor sobe para R$ 1,2 mil. É mais do que as nossas mensalidades e a qualidade do ensino é ruim”, diz Aliperti.
Hoje 80% dos alunos da educação básica estão na rede pública – um indicativo do potencial desse segmento para o setor privado, apesar da tendência de queda nas matrículas no ensino fundamental como um todo. O movimento, detectado pelo Censo Escolar da Educação Básica 2017, é relacionado principalmente à mudança no perfil demográfico da população.
Fonte: Valor Econômico
por Trade | nov 21, 2018 | Fusões e Aquisições
Foto: Restaurante do Madero no BH Shopping, em Nova Lima (Créditos: BH Shopping/Divulgação )
O fundo americano Carlyle voltou às compras no Brasil, depois de dois anos, ao acertar a aquisição de uma fatia de 22,3% da rede de hamburguerias paranaense Madero, por R$ 700 milhões, segundo fontes próximas à negociação. O acordo foi assinado logo após a eleição e, para ser efetivado, prevê processo de due dilligence (análise de dados financeiros) que deverá se estender até de janeiro. O negócio estimou o valor total do Madero em R$ 3 bilhões.
Atualmente com 139 restaurantes, a rede Madero, inaugurada em 2005, ficou conhecida pela rápida expansão. O crescimento foi financiado por dívidas, que estavam concentradas com o fundo HSI. Hoje, os débitos do Madero somam R$ 520 milhões, segundo apurou o Estado. Dos R$ 700 milhões a serem aportados pelo Carlyle, R$ 600 milhões devem ir para o caixa da empresa, e o restante, para o bolso dos sócios.
Segundo as fontes consultadas pela reportagem, o negócio foi fechado pelo Carlyle – com participação de executivos americanos, que visitaram a sede da hamburgueria – e Junior Durski, fundador do Madero, com ajuda de advogados. A rede conversou com outros fundos, como Catterton, Gávea e General Atlantic. No passado, o Madero trabalhou com diversos assessores – Itaú BBA, Bradesco BBI e BR Partners entre eles -, mas eles ficaram de fora do acordo com o Carlyle.
Após um hiato de dois anos, o Carlyle – que é sócio da rede de brinquedos Ri-Happy e da cadeia de decoração TokStok – voltou a investir com a intenção de sair de forma relativamente rápida do negócio. A chance de saída do fundo se dará porque, durante as conversas, o Madero teria declarado a intenção de abrir seu capital em dois anos.
Segundo o Estado apurou, a cadeia de restaurantes pretende convidar investidores pessoa física para participar da negociação de ações da companhia. Para isso, quer usar a imagem do apresentador Luciano Huck, que detém 5% do negócio e é conhecido como garoto-propaganda de várias marcas.
Os planos do Madero devem seguir inalterados. A empresa ainda vai abrir três restaurantes este ano – para um total de 142 – e prevê a inauguração de mais 52 no ano que vem. Os números incluem apenas as cadeias Madero, Stake House e Jerônimo (de apelo mais popular). A empresa ainda tem duas outras redes de sanduíches – que levam o sobrenome de Durski – em fase de desenvolvimento.
No ano que vem, apurou o Estado, a rede tem a intenção de aplicar R$ 380 milhões no negócio, para a abertura de lojas e melhorias da fábrica que produz quase todos os produtos vendidos nos restaurantes, localizada em Ponta Grossa (PR). Para isso, o Madero usaria os R$ 80 milhões que restarão do pagamento de R$ 700 milhões a ser feito pelo Carlyle no início de 2019. O restante dos recursos para os investimentos viria da geração de caixa do negócio, que hoje gira em torno de R$ 300 milhões.
Modelo. Para o consultor Sérgio Molinari, fundador da Food Consulting, o Madero é o caso mais bem sucedido de criação de conceito de negócio e marca nos últimos dez anos. Segundo ele, a experiência do cliente – da ambientação à comida, passando pelo atendimento – é muito superior à média do mercado e ao padrão da concorrência, incluindo rivais estrangeiras. “Ao fazer uma expansão sem precedentes, Durski não parou para olhar para o lado”, diz Molinari. “Seguiu seu projeto de investimento apesar das críticas que recebeu do mercado.”
Procurada, a rede Madero disse que não comentaria o assunto. O Carlyle também não quis se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: em.com.br
por Trade | out 9, 2018 | Fusões e Aquisições
O aumento é bem mais robusto que o avanço de 1% registrado nacionalmente. MG alcançou a segunda posição no ranking
As operações de fusões e aquisições em Minas, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, mostrou avanço de 38,4% no comparativo com igual período de 2017. O aumento é bem mais robusto que o avanço de 1% registrado nacionalmente. Com isso, o Estado alcançou a segunda posição no ranking desse tipo de operação, ocupando 9% da fatia nacional e ficando atrás apenas de São Paulo. As informações constam de levantamento da PwC Brasil.
Sócio da empresa e especialista da área de fusões e aquisições, Rogério Gollo considera que o destaque do Estado foi a diversificação da atividade econômica, sendo que foram feitas aquisições não só em áreas tradicionais de atuação – como mineração e energia -, como também nas áreas de tecnologia da informação (TI) e serviços. “A pulverização da atividade econômica, com novos setores crescendo, tem gerado oportunidade para se contrapor a setores que eventualmente sentiram maior impacto da crise econômica”, diz o também sócio da PwC, Fábio Abreu.
De acordo com o levantamento da PwC Brasil, em Minas, de janeiro a agosto deste ano, foram registradas 36 operações, contra 26 do ano passado. Em 2018, o setor campeão em Minas foi o de TI, com registro de sete transações, ou seja, 19,5% do total. Em seguida vêm os setores alimentícios (5); telecomunicações (5); mineração (3); metalurgia (2); química (2), educação (2); serviços de saúde (2) e agropecuária (1).
Na avaliação de Gollo, o setor de TI projeta um futuro promissor para Minas, com empresas buscando novas soluções que eliminam tempos na aceleração do crescimento. A PwC ressalta que o Estado ocupa a primeira colocação entre as cinco maiores transações do ano no setor de TI, com a aquisição da mineira Plug CRM, desenvolvedora de softwares de gestão de relacionamento, pela Resultados Digitais.
Abreu ressalta outra característica importante que não consta do levantamento: grupos mineiros, ligados aos setores de laboratórios e locadoras de veículos, estão fazendo aquisições em outras regiões. “Essas aquisições obviamente fortalecem o crescimento da matriz baseada no Estado”, resume.
Em 2018, até agora, foram registradas em Minas 22 operações por empresas nacionais e 14 por empresas estrangeiras. Os países com maior atuação no Estado foram Estados Unidos, com quatro operações, e Canadá, com três. Aparecem com uma operação cada Áustria, Bélgica, China, Espanha, França, México e Suíça.
O relatório da PwC aponta que, em agosto, das 12 grandes transações ocorridas no País, três envolveram empresas mineiras. Uma delas foi a aquisição de 75% da Pigminas, empresa com sede em Matozinhos (Grande BH) que atua no setor de fertilizantes e nutrientes para animais, pelo grupo brasileiro Bauminas, no setor químico. Já a holding SGGC Participações realizou aquisição do SerraSul Shopping, de Pouso Alegre (Sul de Minas). Os valores das operações não foram divulgados. O terceiro negócio envolveu a Algar Telecom, que arrematou ativos da rede de fibra ótica da Cemig Telecom pelo valor de R$ 77,8 milhões.
No período de janeiro a julho de 2018, das 24 transações de destaque selecionadas pela PwC, três envolveram empresas mineiras: a aquisição da planta em construção da Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia (Calu) pela Polenghi; a aquisição total da mineira Nansen, fabricante de medidores de energia elétrica, pelo grupo chinês Sanxing Eletric e, na área de tecnologia, a compra de 25% da iMedicina, startup de Belo Horizonte que fornece softwares de gestão de negócios e relacionamento com o cliente para a área de saúde, pelo Cedro Capital pelo valor de US$ 2,5 milhões.
Fonte: Diário do Comércio
por Trade | set 26, 2018 | Fusões e Aquisições
Mais de 20% das Fusões e Aquisições no Brasil envolvem empresas de tecnologia. No ano, crescimento de 7,45% no total investido
O segundo semestre de 2018 inicia com o mercado brasileiro de fusões e aquisições em queda. Segundo o relatório mensal da Transactional Track Record (TTR), plataforma que monitora operações de fusões e aquisições no Brasil e na América Latina, realizado em parceria com LexisNexis e TozziniFreire Advogados, o número de operações registradas no mês de julho, 67, sofreu queda de 19,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 83. Os números desse mês também ficam abaixo do que foi registrado em julho de 2016, quando foram anunciadas 91 transações. Das operações anunciadas no mês, 26 tiveram seus valores revelados, somando 5,5 bilhões de reais, recuo de 57,5% em relação ao mesmo mês no ano anterior.

No ano, o TTR já registrou 567 anúncios de operações de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras, queda de 6,1% ante o mesmo período de 2017. Destas, 231 tiveram seus valores divulgados, somando 106 bilhões de reais, crescimento de 7,4% sobre os números do ano passado.
O segmento de Tecnologia continua sendo o setor com maior número de fusões e aquisições desde janeiro, com 123 operações, alta de 29% sobre o ano anterior. Na sequência, aparecem os setores Financeiro e Seguros, com 76 operações, e Saúde, Higiene e Estética, 60, alta de 19% e 11%, respectivamente. Já o segmento Distribuição e Varejo, 48 deals, apresenta retração de 31% no ano.
Operações cross-border

No âmbito cross-border inbound, em que empresas estrangeiras investiram em empresas baseadas no Brasil, foram contabilizadas 113 operações de aquisição de empresas brasileiras desde janeiro. Os Estados Unidos seguem como o principal investidor estrangeiro no mercado nacional. Desde o início de 2018, as empresas norte-americanas já realizaram 41 aquisições, acumulando o total de 4,4 bilhões de reais investidos no país. Em termos de valores aportados, o Japão aparece na sequência, totalizando mais de 3,7 bilhões de reais, seguido pela Suíça, com total investido de 3,3 bilhões de reias.
As aquisições estrangeiras nos subsetores de Tecnologia e Internet permanecem como as mais atrativas para os investidores internacionais, com crescimento de 21%, num total de 34 operações.
Já as empresas brasileiras participaram de 22 transações no mercado externo, tendo como alvo prioritário a América Latina, onde foram realizadas 12 dessas aquisições, que juntas somam 1,3 bilhões de reais aportados.
Private Equity e Venture Capital
Em 2018, o investimento estrangeiro em empresas brasileiras segue em destaque também nos cenários de private equity e venture capital. Foram contabilizadas 43 operações envolvendo investimentos de fundos estrangeiros em empresas nacionais, crescimento de 38,71% em comparação ao mesmo período de 2017.
Esses aportes estrangeiros tiveram forte influência no volume financeiro das operações de venture capital registradas pelo TTR desde janeiro. Nessa modalidade de investimentos, foram registradas 118 operações desde o início do ano, 8% acima do reportado no mesmo intervalo do ano anterior. As 74 transações que tiveram seus valores revelados somaram 2,4 bilhões de reais. Os fundos de venture capital tiveram como alvos preferidos os segmentos Tecnologia, 66 operações no ano, Financeiro e Seguros, 23, Internet, 17, e Saúde, Higiene e Estética, com 10.
Em julho, entretanto, o total aportado, 493,8 milhões de reais, ficou 19% abaixo daquele resgistrado no ano anterior, enquanto o número de transações fechou o mês com crescimento de 8%, chegando a 14 operações.
Já no panorama dos investimentos de private equity, 2018 continua em baixa. No apanhado do ano, queda de 11% no total de transações registradas, 41, encerrando o período com 6,2 bilhões de reais investidos, 53% de retração na comparação com o ano anterior.
Fonte: Transactional Track Record (TTR)
por Trade | set 26, 2018 | Fusões e Aquisições
Legenda: CEO da Nansen, Alexandre Suprizzi, diz que investimentos serão feitos para tornar a empresa mineira em ‘gigante’
(foto: Rossana Magri/Divulgação)
Fabricante de medidores Nansen passou a ser da Sanxing Eletric Co em negociação concluída em junho
A fabricante mineira de medidores de energia elétrica Nansen S.A foi vendida para a Sanxing Electric Co empresa chinesa que também atua no setor. A movimentação financeira, não revelada pelas empresas, pretende transformar a empresa de Minas em “gigante” do setor, como apostam os novos proprietários.
A negociação foi desenvolvida ao longo do mês passado e desde 1º de julho a planta industrial, localizada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deixou de ser familiar está sob nova propriedade multinacional.
A conclusão da negociação da Nansen – que continuará com mesmo nome -, é fruto de movimento que começou em outubro de 2015, quando a chinesa adquiriu 51% das ações e assumiu o controle societário da empresa.
De acordo com o CEO da Nansen, Alexandre Suprizzi, o novo momento tem como prioridade a ampliação dos produtos, aproveitando que a empresa já é referência na fabricação de medidores. A intenção é avançar no mercado de redes inteligentes de energia elétrica, se valendo da experiência da Sanxing na instalação de mais de 100 milhões de medidores inteligentes nos 50 países onde atua.
Suprizzi destacou que a incorporação da Nansen tem sido vista como estratégica pela chinesa, que pretende atuar no mercado da América Latina.
“O maior potencial da empresa é a vinda de nova tecnologia no mercado de medição. Essa nova tecnologia é uma tendência, inclusive, como forma de reduzir fraudes e roubo de energia. O futuro mostra que vão haver grandes investimentos neste setor. Esta é a grande aposta”, afirma.
Outra promessa do CEO é que a nova administração não trará mudanças no quadro de funcionários, que ele considera “adequado” no momento. O futuro, com os novos investimentos, podem ser gerados novos postos.
Atualmente, 280 pessoas trabalham na produção de 12 modelos de medidores de energia. A Nansen possui capacidade instalada para produção de 5 milhões de medidores por ano, tem como clientes as concessionárias de distribuição de energia elétrica do Brasil. O faturamento estimado para 2018 de R$ 115 milhões
Números da empresa mostram que os chineses, desde que assumiram o controle societário da empresa mineira, já investiram R$ 30 milhões em ampliação e revitalização da fábrica.
A Sanxing integra o Grupo AUX, conglomerado empresarial que está entre as 500 maiores empresas chinesas e faturou, em 2017, mais de US$ 10 bilhões. O grupo, que atua em mais de 100 países, possui negócios em sistemas de distribuição de energia elétrica, eletroeletrônicos residenciais, serviços médicos, investimentos imobiliários e serviços financeiros.
Na China estão instalados oito fábricas, três centros de pesquisa e 20 centros médicos. A efetivação do negócio representa a primeira incursão da empresa chinesa em uma indústria fora de seu país de origem.
Fonte: EM.com.br