por Trade | set 26, 2018 | Fusões e Aquisições
Legenda: CEO da Nansen, Alexandre Suprizzi, diz que investimentos serão feitos para tornar a empresa mineira em ‘gigante’
(foto: Rossana Magri/Divulgação)
Fabricante de medidores Nansen passou a ser da Sanxing Eletric Co em negociação concluída em junho
A fabricante mineira de medidores de energia elétrica Nansen S.A foi vendida para a Sanxing Electric Co empresa chinesa que também atua no setor. A movimentação financeira, não revelada pelas empresas, pretende transformar a empresa de Minas em “gigante” do setor, como apostam os novos proprietários.
A negociação foi desenvolvida ao longo do mês passado e desde 1º de julho a planta industrial, localizada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, deixou de ser familiar está sob nova propriedade multinacional.
A conclusão da negociação da Nansen – que continuará com mesmo nome -, é fruto de movimento que começou em outubro de 2015, quando a chinesa adquiriu 51% das ações e assumiu o controle societário da empresa.
De acordo com o CEO da Nansen, Alexandre Suprizzi, o novo momento tem como prioridade a ampliação dos produtos, aproveitando que a empresa já é referência na fabricação de medidores. A intenção é avançar no mercado de redes inteligentes de energia elétrica, se valendo da experiência da Sanxing na instalação de mais de 100 milhões de medidores inteligentes nos 50 países onde atua.
Suprizzi destacou que a incorporação da Nansen tem sido vista como estratégica pela chinesa, que pretende atuar no mercado da América Latina.
“O maior potencial da empresa é a vinda de nova tecnologia no mercado de medição. Essa nova tecnologia é uma tendência, inclusive, como forma de reduzir fraudes e roubo de energia. O futuro mostra que vão haver grandes investimentos neste setor. Esta é a grande aposta”, afirma.
Outra promessa do CEO é que a nova administração não trará mudanças no quadro de funcionários, que ele considera “adequado” no momento. O futuro, com os novos investimentos, podem ser gerados novos postos.
Atualmente, 280 pessoas trabalham na produção de 12 modelos de medidores de energia. A Nansen possui capacidade instalada para produção de 5 milhões de medidores por ano, tem como clientes as concessionárias de distribuição de energia elétrica do Brasil. O faturamento estimado para 2018 de R$ 115 milhões
Números da empresa mostram que os chineses, desde que assumiram o controle societário da empresa mineira, já investiram R$ 30 milhões em ampliação e revitalização da fábrica.
A Sanxing integra o Grupo AUX, conglomerado empresarial que está entre as 500 maiores empresas chinesas e faturou, em 2017, mais de US$ 10 bilhões. O grupo, que atua em mais de 100 países, possui negócios em sistemas de distribuição de energia elétrica, eletroeletrônicos residenciais, serviços médicos, investimentos imobiliários e serviços financeiros.
Na China estão instalados oito fábricas, três centros de pesquisa e 20 centros médicos. A efetivação do negócio representa a primeira incursão da empresa chinesa em uma indústria fora de seu país de origem.
Fonte: EM.com.br
por Trade | set 26, 2018 | Fusões e Aquisições
Foto: Chamath Palihapitiya é fundador do fundo de investimento Social Capital
Fundo de Chamath Palihapitiya, ex-vice-presidente da rede social, usará software e aprendizado de máquina, não intuição, para escolher empresas do País; aportes do Social Capital vão até US$ 250 mil
Quando trabalhou no Facebook, entre 2007 e 2011, Chamath Palihapitiya aprendeu a reconhecer padrões de comportamento. Após deixar a rede – e se tornar um de seus críticos, chegando até a dizer que se arrependeu por ter ajudado a construí-la –, ele decidiu usar a lição para investir em startups. Presidente do fundo Social Capital, sediado no Vale do Silício, ele lança nesta quarta-feira, 1, no Brasil um programa de investimentos em empresas iniciantes, com aportes entre US$ 50 mil e US$ 250 mil.
No lugar de apresentações ensaiadas (os chamados “pitches”), reuniões e intuição, porém, Palihapitiya confia nos números e em um software para decidir suas apostas. “Todos os negócios, há milhares de anos, têm padrões de sucesso. O que fazemos é reconhecer esses padrões”, diz, em entrevista exclusiva ao Estado.
Investidor de empresas como o software de comunicação Slack e a plataforma de computação em nuvem Box, além da brasileira Descomplica, Palihapitiya pede às empresas que enviem seus dados – receita, crescimento, engajamento – à sua plataforma. Com ajuda de aprendizado de máquina e um grande banco de dados, colhido por anos no Vale, ele insere as informações no software para verificar quais startups têm números bons e valem o investimento.
Entusiasmado pelo Brasil, onde vê grande potencial, Palihapitiya não se restringe aos dados. É fã, por exemplo, da trajetória de Jorge Paulo Lemann e Warren Buffett. “Não acho que o software é melhor que eles (investidores), mas pode fazer que sejamos melhores do que somos hoje ao investir”, diz.
Estado: Por que usar software para selecionar startups?
Chamath Palihapitiya: Quando trabalhei no Facebook, tivemos de desenvolver muitos recursos. Com isso, descobri que vários deles já haviam sido feitos antes – precisávamos apenas de algumas modificações. Havia padrões – que eram reconhecidos por aprendizado de máquina. Quando comecei a investir, tive uma ideia parecida. Todos os negócios, há milhares de anos, têm padrões de sucesso – receitas para ter bons produtos no mercado, consumidores leais ou preços corretos. Hoje, há milhões de startups no mundo. Temos acesso a dados de milhares delas, graças à nossa marca. Com nosso software, podemos dizer a cada empresa, a partir dos padrões, em que são boas ou em que precisam melhorar. Além disso, podemos mostrar às startups obstáculos e desafios comuns – e ajudá-las a superá-los mais rápido.
Por que o Brasil?
Acompanho o País desde 2008. Fui um dos primeiros investidores do Peixe Urbano. Nos últimos anos, a despeito da flutuação do câmbio e das mudanças políticas, o Brasil tem sido um consistente ecossistema de startups. Os empreendedores do Brasil são dinâmicos, eficientes com dinheiro e loucos por dados. Além disso, sabemos que no Brasil há carência do investimento semente, área em que queremos atuar. (Para se inscrever, é preciso preencher um formulário no site caas.socialcapital.com)
As empresas devem ser de alguma área específica para receber aportes?
Não. Quando começamos, tínhamos foco em saúde, educação, finanças, soluções para empresas e para consumidores. Com o tempo, aprendemos coisas novas – inteligência artificial, por exemplo. No Brasil, queremos falar com boas empresas, que tenham os padrões de companhias do Vale. Se houver uma, ok. Se houver cem, será fantástico! Elas podem aprender conosco nas áreas que somos especialistas. E se não conhecermos a área da startup, queremos aprender com ela, dando o suporte de que precisa.
Você investiu no Slack, startup hoje avaliada em mais de US$ 5 bilhões. O que ela tinha de especial?
O Slack é um bom exemplo de como os números nos ajudaram. Inicialmente, eles eram uma empresa de videogames. Tinham equipes em São Francisco e no Canadá, que usavam uma ferramenta muito boa de comunicação. Eles captaram recursos, foram avaliados em milhões, mas o jogo não dava certo. Stewart Butterfield, o fundador, decidiu tentar lançar a ferramenta como uma nova empresa. Quando os conhecemos, eles tinham só 40 mil usuários. Decidimos apostar. Por quê? Porque tinham métricas de engajamento que eram parecidas com as de Instagram e Facebook, um efeito de rede incrível. Mas, para ser honesto, passo menos tempo falando sobre os sucessos e mais sobre as empresas nas quais evitamos investir. Investimentos que dão errado nos drenam muito. Investir é difícil. Jorge Paulo Lemann ou Warren Buffett, eles têm um talento raríssimo. O software não é melhor que eles, mas pode fazer que sejamos melhores do que somos hoje como investidores.
Há arrependimentos?
Muitos! Tivemos a chance de investir na segunda rodada do Uber. Todo dia, quando pego um Uber, penso nisso (risos). Há muitos exemplos de empresas que passamos, mas não deveríamos. É o problema de usar o software: às vezes, os números não dão certo, porque é uma época específica. Mas arrepender-se é bom, para sermos melhores no futuro.
Você trabalhou no Facebook e já criticou a rede. Como vê a empresa, considerando a perda de US$ 120 bi na última semana?
Quero ser claro: o Facebook é uma empresa incrível. É preciso ter coragem para fazer o que eles fizeram, largando o lucro de um modelo de negócios incrível para corrigir problemas em prol da sociedade. É algo que merece crédito e um pouco de paciência. Mas não muda minha visão sobre a empresa. Hoje, nos acostumamos a receber e usar coisas de graça na internet. Quando as coisas são de graça, as empresas precisam ganhar dinheiro de algum jeito – normalmente, publicidade. Precisamos discutir, como sociedade, o que devemos esperar quando recebemos algo de graça e quando pagamos por algo. É algo que adotamos para comida, educação ou para o dentista. Precisamos discutir sobre a internet também.
Fonte: ESTADÃO
por Trade | set 26, 2018 | Fusões e Aquisições
Apesar da retração no confronto mensal, em relação a julho de 2017, o setor registrou avanço de 4% no nível de atividade – Crédito: Paulo Whitaker / Reuters
Depois de se destacar como a maior rede integrada de portais de emprego no Brasil, a empresa mineira Contratanet ganha notoriedade também no exterior ao ser adquirida pela Symplicity Corporation, líder mundial em soluções de empregabilidade. O valor da compra não foi revelado, mas a expectativa do diretor executivo da Contratanet, Rodrigo Harlley, é que a união das organizações torne a plataforma mais conhecida e, em um ano, triplique o número de universidades atendidas.
Com sede na Savassi, na região Centro-Sul da Capital, a Contratanet atendia, sozinha, cerca de mil universidades no País, além de 150 mil empresas empregadoras e 4 milhões de candidatos. Harlley explica que o principal produto da empresa é um portal que conecta todas as pontas do processo de empregabilidade, desde as universidades e seus alunos, até as empresas empregadoras. Por meio desse portal, a empresa organiza todo o processo de divulgação e gestão dos processos seletivos, incorporando-o ao sistema da universidade.
Além disso, a Contratanet oferece um pacote de serviços dedicados às universidades no intuito de ajudar as instituições e aumentarem o grau de empregabilidades de seus alunos.
“A evasão dos universitários acontece principalmente nos primeiros períodos porque falta renda para o aluno pagar a faculdade. Nós oferecemos serviços que ajudam a melhorar o currículo desse aluno, bem como acompanhá-lo no processo de busca de emprego na tentativa e diminuir esse índice de evasão”, diz.
O diretor arma que a Contratanet e a Symplicity Corporation são complementares porque ambas operam com objetivo de gerir a carreira de alunos do ensino superior e aumentar a empregabilidade entre esse público. Ele destaca que a aquisição é promissora porque une uma empresa que é líder nacional no segmento com outra que é líder mundial. Além disso, ele lembra que a empresa ganha força no comercial e passa a operar sicamente em outros lugares onde a Symplicity tem escritório, como Londres e Washington. Harlley arma que, a princípio, a marca Contratanet será mantida. Ele destaca que, além da força de se unir à Symplicity, a marca mineira ca ainda mais forte por incorporar uma visão mais global sobre gestão de carreira. “A Symplicity trará as melhores práticas do setor e, assim, poderemos oferecer ainda mais valor às universidades brasileiras”, analisa. Ele acredita que a união das empresas também trará um resultado prático com a conquista de novos clientes. A expectativa do executivo é triplicar o número de universidades atendidas na plataforma.
Fonte: Diário do Comércio
por Trade | ago 7, 2018 | Eventos
Aconteceu: 4º Encontro de Gerações com Valores debate inovação disruptiva e impacto no mundo | Semear Inovation – ADCE – 31/07/18
Sócio consultor da TRADE Marco Aurélio Rodrigues marcou presença.
por Trade | jul 11, 2018 | Gestão e Governança
Recentemente, dei uma mentoria coletiva para a turma de empreendedores do Algar Ventures Open, um programa de aceleração da Algar Ventures em parceria com a Endeavor. Foi uma conversa bastante enriquecedora, na qual pude compartilhar algumas lições que aprendi ao longo desses anos à frente da rede de academias SmartFit e da Bio Ritmo. E um dos aprendizados mais significativos — que suscitou dúvidas não só na mentoria, mas em vários outros eventos de que participo — diz respeito à preparação de uma equipe que cresce num ritmo vertiginoso. Como orientar novos colaboradores, que chegam em grande número, para manter o nível de qualidade do atendimento?
Acredite, este é um desafio que na Smart Fit conhecemos muito bem. Temos 263 unidades só aqui no Brasil, e 100 em sete países diferentes. Contratamos cerca de 2.200 pessoas por ano e, para reuni-las em torno dos mesmos objetivos, da mesma cultura, precisamos de algo extremamente simples, poderoso, que alinhe toda a equipe no mesmo caminho. É sobre isso que quero falar agora.
Engajamento rumo ao propósito e à visão Tudo, como você deve saber, começa com um propósito. Mas um propósito verdadeiro, de realmente transformar a sociedade — se você pensar só em dinheiro, é bem provável que não chegue a lugar nenhum. Por outro lado, se encontra um propósito sincero e legítimo, você terá uma visão clara. E são ambos, propósito e visão, que poderão engajar o time rumo aos objetivos da empresa, situando os colaboradores de seus papéis para que a missão seja cumprida.
Lá no começo, claro, nós tínhamos Missão, Visão e Valores, mas nem eu me lembrava direito de quais eram. E isso era indicativo: se eu não me lembrava, como os funcionários se lembrariam?
Pior, como se engajariam?
É aqui que entra aquela simplicidade de que falei — quanto mais simples o propósito, mais poderoso, mais fácil de gerar envolvimento. Naquele momento, precisávamos achar aquilo que realmente queríamos fazer, de modo que os colaboradores quisessem fazer parte disso, dessa visão.
Chegamos, então, a uma formulação que resume o nosso trabalho: mudar a vida das pessoas democratizando o fitness de alto padrão. Isso é sincero e tem potencial para conectar, gerar compromisso. Mas não foi fácil elaborar esse propósito: demorou anos até encontrarmos a frase ideal.
Precisa fazer sentido
Este é outro ponto fundamental. A imensa maioria dos nossos colaboradores é jovem, da chamada geração millenium. Para essa turma, o trabalho precisa “fazer sentido”. É fundamental que gere o sentimento de “dono”. O pessoal precisa querer fazer parte. No nosso caso, criamos formas de mostrar que os funcionários — tanto os que entram como os que já estão aqui — exercem papel fundamental naquele propósito que mencionei antes. Desde vídeos inspiradores, com depoimentos de pessoas que, em outros tempos, não poderiam acessar o fitness de alto padrão, até em processos de desenvolvimento de líderes , em que priorizamos o lado humano: tudo é feito de forma a transmitir essa cultura. Passá-la adiante é obrigação de todo mundo.
Fonte: Exame