As ferramentas de gestão mais usadas pelas startups

As ferramentas de gestão mais usadas pelas startups

Toda empresa precisa de ferramentas de gestão que a ajudem a crescer e se desenvolver. Neste vídeo para empreendedores, o diretor do Cubo Coworking Itaú, Flávio Pripas dá algumas dicas de ferramentas que estão sendo usadas hoje no universo das startups.

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Laboratório São Marcos planeja crescer via aquisições

Laboratório São Marcos planeja crescer via aquisições

Foto: Ricardo Dupin, diretor executivo do São Marcos

Dupin: objetivo de elevar a receita em mais de 300% no prazo de quatro anos

Segunda maior rede de diagnósticos de Belo Horizonte, o Laboratório São Marcos planeja crescer por meio de aquisições e elevar sua receita em mais de 300% num prazo de quatro anos. A empresa aposta em um plano de expansão que começou a pôr em prática no início do ano. De lá para cá, comprou dois laboratórios em Minas Gerais e um em São Paulo.

As operações movimentaram cerca de R$ 40 milhões, recursos advindos de empréstimos junto a bancos comerciais e do caixa próprio. Os donos da companhia disseram que até agora não foi preciso recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Com a queda de juros da Selic, as taxas dos bancos comerciais passaram a ficar mais atraentes e eles não têm a burocracia do BNDES”, diz Ricardo Dupin, diretor executivo do São Marcos, que está há um ano na empresa. O Laboratório São Marcos tem 76 anos e está nas mãos da terceira geração. Três irmãos, Bruno, Rodrigo e Mariana Cerqueira ­ todos na faixa dos 30 e 40 anos ­ detêm, cada um, 33% da empresa. Eles integram o conselho de administração e atuam também na administração. O pai, Cláudio Cerqueira, é o presidente.

A fase da profissionalização começou há quatro anos e a ideia é que a partir de 2018 a família limite sua atuação ao conselho, que deve ganhar um membro externo. Ricardo Dupin assumiria o cargo de CEO. O São Marcos cresceu de modo acelerado nos últimos anos. Sua receita bruta saiu de R$ 5 milhões em 2005 para R$ 103 milhões em 2016, e tem previsão de atingir R$ 160 milhões este ano.

“A empresa foi muito assediada nos últimos anos por concorrentes e fundos de investimento, mas a decisão dos acionistas foi preparar um plano de crescimento autônomo”, disse Dupin.
Pelo plano, a meta é chegar a 2021 com uma receita bruta na casa dos R$ 700 milhões, disse. O principal concorrente do São Marcos é a maior rede de laboratórios de Belo Horizonte, o Hermes Pardini. Também controlado por três irmãos herdeiros, o Pardini registrou em 2016 receita de quase R$ 900 milhões. A empresa abriu capital na bolsa em fevereiro quando captou R$ 878 milhões.

Dupin, que já foi vice­presidente do Pardini, afirma que o mercado privado de análises clínicas em Belo Horizonte e região movimenta cerca de R$ 300 milhões. Segundo ele, o São Marcos tem uma fatia de 30% desse total e o Hermes Pardini, 45%. Laboratórios de menor porte respondem pelo restante. Dois gigantes, Dasa e Fleury, não atuam no mercado da capital mineira. O Pardini apresenta outro dado e diz deter 70% de participação em análises clínicas na capital e região metropolitana.

Em fevereiro, o São Marcos comprou o Laboratório Eucordis, em Contagem (MG); em abril; o Labhorn, com unidades na região metropolitana de São Paulo; e em junho, o Dairton (BH). O São Marcos sempre teve como forte o atendimento ao cliente final. Mas recentemente, a empresa passou a apostar também na realização de exames para laboratórios menores.

“Em dezembro ou janeiro, devemos fechar mais uma compra”, diz Dupin. “E temos um ‘pipeline’ no qual estamos muito confiantes que vamos fechar a aquisição de mais quatro empresas em 2018”. Todas, segundo ele, para reforçar um lado do negócio da empresa que é o de realizar exames para laboratórios menores. É um nicho que a empresa entrou em 2016 e que em setembro gerou uma receita de R$ 1 milhão com pouco mais de 100 clientes. É um negócio no qual o Hermes Pardini apresenta­se
como líder nacional.

Dupin diz que o horizonte do São Marcos é que o serviço de apoio gere R$ 200 milhões de receita líquida em 2021. O São Marcos tem 71 unidades de atendimento em geral, das quais 61 estão em Belo Horizonte e região e 10 em São Paulo.

Fonte: Valor Econômico | Por Marcos de Moura e Souza

Lupo ajusta operação do Grupo Scalina

Lupo ajusta operação do Grupo Scalina

Foto: Liliana Aufiero, presidente da Lupo

“Passamos o ano fabricando praticamente em cima do caminhão.” Com essa frase, Liliana Aufiero, presidente da Lupo ilustrou o desafio enfrentado pela companhia neste ano para manter o ritmo de produção e vendas, enquanto reestrutura o Grupo Scalina ­ das marcas Trifil e Scala, adquirido em 2016. Neta do fundador Henrique Lupo, Liliana entrou para o comando da Lupo em 1993, em meio a uma grave crise da empresa. Aos 72 anos de idade, a executiva lidera com vigor a nova empreitada na companhia.

Em menos de um ano, a companhia reduziu a área fabril do Grupo Scalina de 70 mil m2 para 45 mil m2 . A produção, que antes era concentrada no complexo industrial de Guarulhos (SP), passou a se concentrar na fábrica que o grupo já mantinha em Itabuna (BA). O número de funcionários passou de 2,7 mil para 2,6 mil. No varejo, as lojas de franquia da Scala foram reduzidas de cem para 87 unidades.

“Pegamos uma empresa que teve R$ 246 milhões de receita líquida, com prejuízos mensais. A margem operacional foi negativa em 38% no ano passado”, afirmou Liliana. Neste ano, prevê a executiva, a receita vai chegar a R$ 243 milhões, com uma margem de lucro operacional de 5%. “Considero excelente esse resultado, porque conseguimos manter as vendas fazendo uma mudança grande e com melhora nos resultados”, acrescentou.

Considerando as margens citadas pela executiva, o negócio do Grupo Scalina vai sair de um prejuízo operacional de R$ 93,5 milhões no ano passado para um lucro operacional de R$ 12 milhões em 2017. Liliana optou por manter separados os resultados financeiros da Lupo e do Grupo Scalina. Liliana disse que a companhia obteve alguns ganhos de sinergia com a unificação das áreas de recursos humanos e tecnologia da informação. As tinturarias, o sistema de tratamento de água e os sistemas de caldeiras também foram unificados. Duas unidades da Scalina de Guarulhos foram transferidas para a Lupo: uma de elásticos e outra de malhas. A unidade de Guarulhos da Scalina, que concentrava a maior parte da produção do grupo, agora fica com uma parte da fabricação de roupas em malha. A parte de meias, meias­calças e moda íntima fica concentrada em Itabuna.

“A reformulação ainda não está totalmente concluída, ainda tem muito trabalho a ser feito. Por exemplo, Itabuna tem uma área de fiação de algodão que está desativada. A Lupo nunca teve fiação. Temos que aprender como se faz para recuperar essa fiação e ampliá-­la”, afirmou Liliana. A executiva estima que dois anos serão suficientes para concluir as mudanças e acelerar o desempenho das marcas Scala e Trifil.

A Lupo anunciou em julho de 2016 a compra da rival Scalina, por um valor estimado pelo mercado de R$ 90 milhões. A aquisição só foi concluída em dezembro. Liliana disse que comprou o grupo para ganhar participação de mercado. A Lupo era a terceira maior empresa de moda íntima, com 2,3% de participação nas vendas, seguida pela Scalina, com 1,3%, segundo a Euromonitor International. Com a compra, tornou­se a segunda maior empresa do setor, com 3,6% do mercado. A DeMillus lidera a categoria, com 4% de participação. A Marisa também ocupa o segundo lugar no ranking, com 3,6% do mercado.

“Com a compra somamos participação de mercado com a Trifil e a Scala. As marcas são boas e bem aceitas no mercado. A intenção é que continuem independentes, até com representantes comerciais separados”, afirmou Liliana.

Em relação à Lupo, as vendas estão melhores. De janeiro a agosto, as vendas da Lupo cresceram 12% em relação ao mesmo período de 2016. Esse desempenho está acima da média do varejo de vestuário, que cresceu 9% no período. Para o ano de 2017, Liliana prevê aumento na receita líquida da Lupo de 9,6%, para R$ 640 milhões. Em relação à operação de varejo, a Lupo fez uma abertura líquida de 12 unidades (entre lojas de franquia e quiosques) e prevê abrir mais 7 unidades até dezembro, chegando a 339 unidades. A operação consolidada do grupo deve chegar a R$ 883 milhões neste ano, com crescimento de 6,4%, estima a executiva.

Fonte: Valor Econômico | Por Cibelle Bouças

Acordo para vender Amil e hospitais pode atingir R$ 7 bi

Acordo para vender Amil e hospitais pode atingir R$ 7 bi

Os herdeiros do falecido fundador do grupo de saúde Amil, Edson de Godoy Bueno, estão em negociações com a gigante americana UnitedHealth para vender os 10% de participação remanescentes da família no grupo e pelo menos cinco hospitais da rede Ímpar, controlada pela família, de acordo com uma pessoa a par das negociações. O valor total do negócio poderia movimentar até R$ 7 bilhões, segundo a mesma pessoa.

Os hospitais que estariam sendo negociados são 9 de julho e Santa Paula, em São Paulo; São Lucas, na cidade do Rio de Janeiro, e Complexo Hospitalar de Niterói, no município de mesmo nome, ambos no Estado do Rio; e Hospital e Maternidade Brasília, no Distrito Federal (DF). Procuradas, as assessorias da família Bueno, da Amil e da UnitedHealth Group Brasil informaram que não comentam especulações de mercado.

Em 2012, Bueno e a ex­mulher, Dulce Pugliese, que mesmo separada nunca deixou de ser sócia dele nos negócios, venderam 90% do capital do grupo Amil para a UnitedHealth por US$ 4,9 bilhões, ou cerca de R$ 10 bilhões. O negócio completa cinco anos neste mês. O Valor apurou que no contrato estabelecido há cinco anos foi colocada uma “escrow account”, ou contagarantia. Pelo mecanismo utilizado em aquisições, parte do investimento, ou do ativo a ser negociado, fica retido por determinado período, sem possibilidade de ser transacionado, como garantia para possíveis passivos
que poderiam surgir nos anos seguintes à concretização do negócio.

No caso da venda do grupo Amil, as partes decidiram que 10% da empresa ficaria de fora das mãos dos americanos, sob a classificação de “escrow account”, pelo período de cinco anos, prazo que está se encerrando. “Estão negociando agora para saber qual o valor [dos 10%], analisando o balanço, as receitas que entraram e que saíram, para assim estabelecer [o preço]”, disse essa pessoa que acompanha o assunto.

Como o grupo Amil foi vendido por cerca de R$ 10 bilhões, a parcela restante poderia ser negociada por entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão. A família quer, também, vender hospitais que fazem parte da rede Ímpar, ainda controlada pelos Bueno. As unidades, juntas, poderiam ser vendidas por R$ 6 bilhões.

Com a venda da parcela de 10%, a família Bueno sairia completamente dos negócios do grupo Amil no Brasil. Bueno morreu em fevereiro deste ano, aos 73 anos, vítima de um infarto ocorrido durante um jogo de tênis em sua casa de veraneio em Armação dos Búzios (RJ). A Amil começou como um plano de saúde, com atuação restrita a um hospital no município de Duque de Caxias, na baixada fluminense. Na época da morte do empresário, o grupo contabilizava 6,2 milhões de beneficiários, com 1,8 mil hospitais credenciados, 12 unidades próprias e 368,8 mil empresas clientes.

A UnitedHealth é um dos maiores grupos empresariais dos Estados Unidos, com valor de mercado próximo de US$ 190 bilhões. No Brasil, comanda três unidades de negócios distintas. Além da operadora de planos de saúde (Amil), atua nos segmentos de serviços médicos­hospitalares (Americas Serviços Médicos) e tecnologia aplicada à saúde (Optum).

Fonte: Valor Econômico