
A nova taxação dos EUA e o alerta que ela traz para empresas brasileiras
O cenário internacional mudou. E isso pode afetar diretamente o seu negócio.
No dia 9 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A decisão foi repentina, não teve aviso prévio e rapidamente gerou instabilidade política e econômica por aqui.
Na prática, a medida dificulta a entrada de produtos brasileiros no mercado norte-americano, encarecendo os preços e reduzindo a competitividade das exportações. O reflexo disso vai muito além das empresas que vendem diretamente para os EUA. Toda a cadeia que gira em torno dessas operações é impactada, e o ambiente de negócios como um todo tende a ficar mais incerto.
Logo após o anúncio, os efeitos já foram sentidos: alta do dólar, elevação dos juros futuros e temor de retração em alguns setores produtivos. Mais uma vez, empresários foram lembrados de que o mercado pode mudar de uma hora para outra — e que decisões externas, muitas vezes políticas, têm impacto direto na operação de quem está aqui dentro do país.
Esse tipo de cenário reforça uma urgência que muitas empresas ainda postergam: a necessidade de uma gestão preparada para lidar com a imprevisibilidade.
Hoje, ainda é comum ver empresas que funcionam bem no operacional, mas que não possuem estrutura de planejamento, análise de riscos ou governança. Quando algo foge do previsto, como uma mudança tarifária internacional ou uma oscilação cambial repentina, essas organizações sentem o impacto de forma muito mais intensa. Faltam dados confiáveis para embasar decisões. Faltam alternativas comerciais previamente estudadas. Falta visão de médio e longo prazo.
É nesse ponto que a profissionalização da gestão deixa de ser uma pauta teórica e passa a ser um fator de sobrevivência. Não basta ter um bom produto ou estar num mercado aquecido. É preciso entender com clareza onde estão os riscos, quais são os cenários possíveis, como proteger margens e onde buscar oportunidades em meio à instabilidade.
A taxação anunciada pelos Estados Unidos escancara isso. O empresário que atua com estrutura e planejamento tem mais capacidade de resposta, mais margem para agir e menos exposição a decisões feitas no susto. E o que protege empresas em momentos assim não é o improviso. É método, clareza e preparação.