5 aprendizados sobre M&A | Endeavor

5 aprendizados sobre M&A | Endeavor

Recentemente a Endeavor fez uma mentoria de alto nível sobre M&A.

Abaixo o compartilhamento de  alguns pontos:

Os mentores que participaram desse papo foram:

» Arthur O’Keefe – Sócio e Chief Strategy Officer | Corporate Development (M&A) na Movile

» José Rogério Luiz, CEO e Co-fundador da ITU Partners

» Paulo Cezar Aragão, Advogado-fundador do BMA & conselheiro da Endeavor Brasil

1) Na hora de se pergunta sobre crescer organicamente ou por M&A, foi explorada a analogia da Árvore de Natal:

Imagine uma árvore em que você escolhe só ter bolinhas prateadas e douradas.
Pode ser que apareça uma bolinha cheia de cristais, mas por mais atraente que ela seja, não vai ornar com a sua árvore.

O ponto é:

Ter clareza sobre a estratégia de crescimento da sua empresa dá consistência nas

decisões sobre futuras aquisições.

2) Foram explorados os objetivos de se fazer M&A:

  • Consolidar o mercado, por exemplo quando Yellow e Green se juntaram para criar a Grow.
  • Criar acesso a novos mercados.
  •  Buscar conhecimento e habilidades complementares às suas, mas que conversam com a sua estratégia.
  • Desenvolver uma empresa que seja mais early stage, por exemplo, fazendo um aporte para ajudar a desenvolver mais rápido o negócio. É uma estratégia para entrar em novas verticais no futuro.
  • Transformar as duas empresas em algo novo, que cria uma disrupção no ecossistema. Aqui, um desafio: gerenciar uma nova cultura porque é uma nova empresa.

3) M&A é sobre pessoas, antes de capital. Uma fase importante desse processo é entender com quem se associar.

Uma das sugestões trazidas foi a de ler sobre psicologia para compreender aspirações, desejos, medos e manias do outro.

Uma das estratégias possíveis, por exemplo, é a de começar a trabalhar juntos, antes de ter algo assinado para testar a tese e entender melhor o negócio.

4)  Não mexa no negócio que você adquiriu antes de entendê-lo profundamente. Você corre o risco de sufocar justamente o que te fez decidir comprar aquela empresa.

5) É preciso prestar muita atenção em governança. Algumas provocações para ter em mente:

  • O que você ainda pode fazer depois do investidor entrar?
  • E quais coisas você só pode fazer com consenso?
  • Como será a decisão por funding e novos negócios?
  • Como alguém sai?

Qual o direito de preferência, de venda, de forçar o outro a vender?

Fonte: Endeavor Brasil

Clique milionário

Clique milionário

Plataformas de financiamento coletivo oferecem a possibilidade de o investidor se tornar sócio de uma startup. O ganho pode ser alto, assim como o risco

O brasileiro Mike Krieger precisou mudar para os Estados Unidos, em 2004, e batalhar por uma vaga na Universidade de Standford, na Califórnia, para se tornar um empreendedor de sucesso. Foi lá que ele conheceu o seu sócio americano, Kevin Systrom. Em 2010, eles fundaram o Instagram. Dois anos depois, a rede social foi vendida para o Facebook, em negócio de US$ 1 bilhão, que transformou os amigos em milionários. Mas não é preciso morar e estudar fora para ter a chance de ser sócio de uma empresa bilionária. Hoje é possível fazer parte do capital de uma startup com apenas alguns cliques em plataformas de financiamento coletivo (crowdfunding). A modalidade ainda é nova no País, mas já atrai investidores que buscam diversificar o portfólio em meio à queda na taxa de juros. Eles esperam ser recompensados, no longo prazo, com um retorno que, em algumas vezes, pode chegar até a 30 vezes o
valor investido.

Esse potencial de ganho foi o que motivou o empresário paulista Ranieri Torsinelli a investir R$ 50 mil na Horus, empresa embrionária que utiliza drones para monitorar áreas rurais. E não foi a sua primeira aposta. Torsinelli já havia aportado cerca de R$ 200 mil, cerca de 5% do seu portfólio, para se tornar sócio de quatro startups. “A ideia é multiplicar o investimento e, quem sabe, ganhar alguns milhões”, diz. Ele é um dos 700 clientes da Eqseed, plataforma que opera desde 2015 e, em 19 rodadas de investimento, já captou R$ 12,5 milhões.


Horus: empresa de monitoramento agrícola levantou R$ 2 milhões em uma única rodada de investimento

Uma dos motivos de sucesso é a simplicidade do processo. O interessado se inscreve em uma das oito plataformas registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tem acesso ao portfólio de empresas que buscam recursos. Quando confirmado o aporte, ele se torna, oficialmente, credor da empresa e recebe um título conversível em ações. Há três maneiras de conseguir lucro com a operação. A primeira delas é a empresa ser vendida para alguma grande companhia, como aconteceu com o Instagram. A segunda, em um processo de abertura de capital ou por meio do pagamento de dividendos mediante lucro. “É um investimento de alto risco e, por isso, limitamos os aportes a 10% do patrimônio do investidor”, diz Greg Kelly, fundador da EqSeed.

Para as empresas que estão nas vitrines das plataformas, o montante arrecadado é essencial para o crescimento do negócio. No caso da Horus, foram levantados R$ 2 milhões na sua rodada na Eqseed. “Vamos usar esse dinheiro para desenvolver novas tecnologias, como a avaliação de pragas específicas nas lavouras”, diz Fábricio Hertz, fundador da companhia, que atende 500 clientes em todo o País. Já a cervejaria 3 Cariocas, que também captou R$ 2 milhões na plataforma, pretende abrir a sua própria fábrica. “Hoje usamos a estrutura de terceiros, o que dificulta o ganho de escala da operação”, diz o fundador da cervejaria João Gabriel Reis. Apesar do potencial de retorno, não há garantias de lucro aos investidores. “A nossa ideia é aumentar o negócio e fazer a empresa crescer, e os sócios serão recompensados com isso em algum momento”, afirma Reis.

Mesmo em meio ao risco elevado, que já o índice de mortalidade das startups no primeiro ano chega a 75% no Brasil, pelos cálculos da Fundação Dom Cabral (FDC), a modalidade tem seduzido cada vez mais adeptos. O momento é propício. Diante do baixo patamar da taxa básica de juros – 6,5% ao ano –, os investidores estão ávidos por diversificação e maior rentabilidade. Os números comprovam esse movimento: em 2018, 24% das 400 mil pessoas que acessam o comparadores de investimentos Yubb, se mostram interessadas em opções em crowdfunding. O site tem convênio com cinco plataformas. “A forte demanda reflete uma opção inovadora de investimento, que permite rentabilidade alta a partir de aportes de R$ 1 mil”, diz Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb.


Greg Kelly: fundador da plataforma EqSeed acredita que o segmento pode movimentar R$ 1,6 bilhão por ano no Brasil

Outra frente contemplada pelas plataformas é o investimento imobiliário, uma das modalidades mais tradicionais do País. Esse é o negócio da Urbe.me, que opera desde 2015 e já arrecadou R$ 23 milhões em 16 rodadas. Com 22 mil clientes cadastrados, sendo 3 mil ativos, tem tíquete médio dos aportes de R$ 4 mil. Aqui, diferentemente das startups, o investidor não se torna sócio. Ele adquire uma participação no Valor Geral de Vendas (VGB) de empreendimentos na planta, o que significa uma rentabilidade de 14% ao ano, em média. “O mínimo é 120% do CDI”, diz Alexandre Oliveira, gerente de marketing da Urbe.me.

Embora ainda não tenha um número oficial para mensurar o desempenho do segmento do País, Greg Kelly, da EqSeed, acredita que o mercado deve se aproximar, nos próximos anos, do desempenho observado no Reino Unido. Por lá, as duas maiores plataformas de crowdfunding movimentaram o equivalente a R$ 1,6 bilhão em 2017. Para ele, a regulamentação da CVM, publicada em agosto do ano passado, facilita as transações e tende a incentivar o crescimento do segmento. “Isso foi essencial para promover dinâmica ao negócio. Antes, precisávamos de autorização para possibilitar cada rodada”, diz.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro

BNDES lançará linha de crédito direta para startups

BNDES lançará linha de crédito direta para startups

Foto: REUTERS/Nacho Doce

Presidente do banco de fomento, Dyogo Oliveira, afirmou que medida deve ter início até o final do mês

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá lançar até o final deste mês sua primeira linha de crédito direto com o Banco de fomento para startups, disse o presidente do BNDES, Dyogo de Oliveira, no evento Acelerastartups que acontece na Fiesp.

“Acabamos de aprovar linha direta com o BNDES para empresas inovadoras com créditos de valores abaixo de R$ 10 milhões”, afirmou, lembrando que normalmente os empréstimos concedidos superam esse montante. A linha estará voltada a startups com faturamento acima de R $ 1 milhão.

Oliveira acrescentou que há uma grande dificuldade de operar com startups em crédito e que o BNDES entende que empresas inovadoras necessitam sobretudo de investimento. “Isso faz com que o banco acentue suas participações em outras iniciativas, como o fundo de Venture Debt”, afirmou.

De acordo com ele, esse fundo já começa também a fazer seleção de gestores.

Programa Garagem

O BNDES irá abrir no próximo dia 6 de dezembro o processo de seleção para o programa de aceleração de startups BNDES Garagem, também afirmou Oliveira durante o evento.

De acordo com ele, o programa tem objetivo de enriquecer o ecossistema de inovação. Na primeira fase, 60 empresas serão selecionadas para compartilharem espaço alugado pelo Banco no Rio de Janeiro.

Na segunda fase, em janeiro, serão outras 60. “Ainda não definimos quantas empresas o programa irá acolher quando estiver totalmente implementado”, acrescentou.

“A vantagem é que o BNDES tem capacidade de atrair grandes empresas para cooperar com ambiente e mobilidade para reunir a indústria de fundos”, comentou.

O presidente do BNDES informou ainda que o banco de fomento tem R$ 600 milhões disponíveis para serem investidos no fundo Criatec, onde já investiu R$ 3 bilhões.

Fonte: ESTADÃO

Escola para a classe C é novo foco de investidor

Escola para a classe C é novo foco de investidor

Foto: Cassio Beldi (à esq.), sócio da Mint; José Aliperti, sócio fundador da Escola Mais; e Guilherme Affonso Ferreira Filho, presidente da Bahema Educação

Entre 2013 e 2017, o número de alunos em escolas públicas de educação básica caiu 8%, enquanto o volume de matrículas na rede privada cresceu 7%. Essa tendência deve continuar com força diante da perspectiva de recuperação da economia – a expectativa é que 1 milhão de estudantes dos ensinos infantil ao médio migrem para colégios particulares nos próximos cinco anos, de acordo com a consultoria EY Parthenon. Diante desse cenário, grupos educacionais e investidores estão de olho no mercado de escolas para a classe C.

Neste ano, o Grupo SEB, do empresário Chaim Zaher, anunciou um investimento de R$ 50 milhões na criação da rede Luminova, de escolas com mensalidade de até R$ 560. Agora, um outro grupo de investidores e empreendedores planeja aportar pelo menos R$ 25 milhões na ampliação do projeto da Escola Mais, com mensalidades de R$ 690 e aulas em período integral. A primeira unidade começou a funcionar este ano no bairro da Penha, na zona Leste de São Paulo.

A Escola Mais tem como investidores a Bahema Educação, holding da família Affonso Ferreira (conhecida por investimentos no antigo Unibanco e na empresa de autopeças Mahle Metal Leve); a gestora de recursos Mint; e a Ágathos Educacional, rede de colégios das bandeiras Anglo e Objetivo, que tem entre os sócios Luiz Castanho, pai de Daniel Castanho, presidente do conselho da Anima – um dos maiores grupos de ensino superior privado do país.

Juntos, Bahema, Mint e Ágathos detêm uma participação de 60% na Escola Mais. A outra fatia pertence aos fundadores do empreendimento: o administrador de empresas José Aliperti, o engenheiro e cineasta Günther Mittermayer e a pedagoga Marina Castellani.

Tanto a Escola Mais quanto a Luminova entraram nesse mercado com a proposta de oferecer colégios de baixo custo, boa qualidade e metodologias modernas de aprendizagem. Há aulas de inglês todos os dias, aprendizado adaptativo com uso de plataforma tecnológica, trabalhos em equipe para desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, entre outras ferramentas adotadas em colégios voltados para o público de alta renda.

Nos dois casos, os acionistas têm experiência com colégios premium. O SEB é dono do colégio Concept, conhecido por metodologias pedagógicas inovadoras, que tem mensalidade na casa dos R$ 8 mil. A Bahema é acionista da Escola da Vila, em São Paulo, uma das pioneiras na adoção do construtivismo – metodologia que propõe que o saber não seja passado pronto pelo professor, mas construído pelo aluno, por meio da exposição de situações, formulações de hipóteses e atividades interativas. As mensalidades da Escola da Vila na educação básica vão de R$ 2,6 mil a R$ 3,3 mil.

Na visão de Felipe Miglioli, sócio da EY Parthenon, há uma oportunidade de mercado no segmento de escolas para a classe C, uma vez que os alunos podem vir tanto da rede pública num momento de melhora da economia, quanto de outras escolas particulares mais caras num cenário de crise. “Na cidade de São Paulo, há 5 mil escolas privadas, sendo que 15% têm mensalidades abaixo de R$ 500. Muitas vezes, a qualidade de ensino dessas escolas é muito parecida com a da rede pública”, diz Miglioli.

“Escolhemos abrir nossa primeira unidade na Penha porque é a região com o pior desempenho no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] entre as escolas particulares da zona Leste da capital”, afirma Aliperti, que antes dessa empreitada trabalhou no Colégio Porto Seguro e numa startup de educação. O investimento inicial foi de R$ 5 milhões para desenvolvimento de material didático e reforma do prédio que, atualmente, abriga 60 alunos do sexto e sétimo ano.

A inadimplência dessa primeira turma da Escola Mais é de menos de 1%, mesmo patamar das escolas premium da Bahema, que além da Escola da Vila, também é acionista da Escola Parque, no Rio, e da Balão Vermelho, em Belo Horizonte. “Quando os pais têm a percepção da qualidade do ensino eles são mais comprometidos, independentemente da renda”, diz Guilherme Affonso Ferreira Filho, presidente-executivo da Bahema.

Mas ao contrário dos colégios voltados para a alta renda, cujas margens são elevadas, as escolas com um perfil mais popular requerem uma outra forma de operar. “É um tipo de negócio que precisa ter escala para a conta fechar”, afirma Cássio Beldi, sócio fundador da Mint. Não à toa, a Escola Mais pretende levantar R$ 20 milhões com investidores no próximo ano para abrir outras duas unidades em 2020, também na zona Leste de São Paulo. A meta é chegar em 2022 com cerca de 13 unidades na capital paulista.

Antes de investir no segmento premium, a Bahema analisou o mercado de colégios da base da pirâmide, mas desistiu devido ao desafio da escala. O projeto da Escola Mais foi apresentado em 2015 e a Bahema decidiu entrar como investidora minoritária, com uma fatia de 15%, dando total liberdade aos fundadores.

“Nosso foco principal continua sendo as demais escolas, mas sabemos que há um limite de crescimento no público de alta renda. Ao mesmo tempo, temos consciência dos grandes desafios do mercado ‘low cost’ de escolas”, disse Affonso Filho. Um desses desafios é o gap de conhecimento que o aluno da rede pública chega na escola privada. A Escola Mais atende alunos dos ensinos fundamental II e médio.

No longo prazo, os sócios da Escola Mais vislubram a possibilidade de o governo firmar parcerias com escolas privadas para atender alunos de baixa renda. O futuro ministro da Economia Paulo Guedes é um defensor da oferta de “vouchers” pelo governo para que estudantes tenham acesso à rede privada. “Hoje, o governo gasta R$ 700 por aluno na educação básica no Brasil. Em São Paulo, o valor sobe para R$ 1,2 mil. É mais do que as nossas mensalidades e a qualidade do ensino é ruim”, diz Aliperti.

Hoje 80% dos alunos da educação básica estão na rede pública – um indicativo do potencial desse segmento para o setor privado, apesar da tendência de queda nas matrículas no ensino fundamental como um todo. O movimento, detectado pelo Censo Escolar da Educação Básica 2017, é relacionado principalmente à mudança no perfil demográfico da população.

Fonte: Valor Econômico

Fundo americano acerta compra de 22% da rede Madero por R$ 700 milhões

Fundo americano acerta compra de 22% da rede Madero por R$ 700 milhões

Foto: Restaurante do Madero no BH Shopping, em Nova Lima (Créditos: BH Shopping/Divulgação )

O fundo americano Carlyle voltou às compras no Brasil, depois de dois anos, ao acertar a aquisição de uma fatia de 22,3% da rede de hamburguerias paranaense Madero, por R$ 700 milhões, segundo fontes próximas à negociação. O acordo foi assinado logo após a eleição e, para ser efetivado, prevê processo de due dilligence (análise de dados financeiros) que deverá se estender até de janeiro. O negócio estimou o valor total do Madero em R$ 3 bilhões.

Atualmente com 139 restaurantes, a rede Madero, inaugurada em 2005, ficou conhecida pela rápida expansão. O crescimento foi financiado por dívidas, que estavam concentradas com o fundo HSI. Hoje, os débitos do Madero somam R$ 520 milhões, segundo apurou o Estado. Dos R$ 700 milhões a serem aportados pelo Carlyle, R$ 600 milhões devem ir para o caixa da empresa, e o restante, para o bolso dos sócios.

Segundo as fontes consultadas pela reportagem, o negócio foi fechado pelo Carlyle – com participação de executivos americanos, que visitaram a sede da hamburgueria – e Junior Durski, fundador do Madero, com ajuda de advogados. A rede conversou com outros fundos, como Catterton, Gávea e General Atlantic. No passado, o Madero trabalhou com diversos assessores – Itaú BBA, Bradesco BBI e BR Partners entre eles -, mas eles ficaram de fora do acordo com o Carlyle.

Após um hiato de dois anos, o Carlyle – que é sócio da rede de brinquedos Ri-Happy e da cadeia de decoração TokStok – voltou a investir com a intenção de sair de forma relativamente rápida do negócio. A chance de saída do fundo se dará porque, durante as conversas, o Madero teria declarado a intenção de abrir seu capital em dois anos.

Segundo o Estado apurou, a cadeia de restaurantes pretende convidar investidores pessoa física para participar da negociação de ações da companhia. Para isso, quer usar a imagem do apresentador Luciano Huck, que detém 5% do negócio e é conhecido como garoto-propaganda de várias marcas.

Os planos do Madero devem seguir inalterados. A empresa ainda vai abrir três restaurantes este ano – para um total de 142 – e prevê a inauguração de mais 52 no ano que vem. Os números incluem apenas as cadeias Madero, Stake House e Jerônimo (de apelo mais popular). A empresa ainda tem duas outras redes de sanduíches – que levam o sobrenome de Durski – em fase de desenvolvimento.

No ano que vem, apurou o Estado, a rede tem a intenção de aplicar R$ 380 milhões no negócio, para a abertura de lojas e melhorias da fábrica que produz quase todos os produtos vendidos nos restaurantes, localizada em Ponta Grossa (PR). Para isso, o Madero usaria os R$ 80 milhões que restarão do pagamento de R$ 700 milhões a ser feito pelo Carlyle no início de 2019. O restante dos recursos para os investimentos viria da geração de caixa do negócio, que hoje gira em torno de R$ 300 milhões.

Modelo. Para o consultor Sérgio Molinari, fundador da Food Consulting, o Madero é o caso mais bem sucedido de criação de conceito de negócio e marca nos últimos dez anos. Segundo ele, a experiência do cliente – da ambientação à comida, passando pelo atendimento – é muito superior à média do mercado e ao padrão da concorrência, incluindo rivais estrangeiras. “Ao fazer uma expansão sem precedentes, Durski não parou para olhar para o lado”, diz Molinari. “Seguiu seu projeto de investimento apesar das críticas que recebeu do mercado.”

Procurada, a rede Madero disse que não comentaria o assunto. O Carlyle também não quis se pronunciar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: em.com.br

Operações de M&A avançaram 38,4% em Minas

Operações de M&A avançaram 38,4% em Minas

O aumento é bem mais robusto que o avanço de 1% registrado nacionalmente. MG alcançou a segunda posição no ranking

As operações de fusões e aquisições em Minas, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, mostrou avanço de 38,4% no comparativo com igual período de 2017. O aumento é bem mais robusto que o avanço de 1% registrado nacionalmente. Com isso, o Estado alcançou a segunda posição no ranking desse tipo de operação, ocupando 9% da fatia nacional e ficando atrás apenas de São Paulo. As informações constam de levantamento da PwC Brasil.

Sócio da empresa e especialista da área de fusões e aquisições, Rogério Gollo considera que o destaque do Estado foi a diversificação da atividade econômica, sendo que foram feitas aquisições não só em áreas tradicionais de atuação – como mineração e energia -, como também nas áreas de tecnologia da informação (TI) e serviços. “A pulverização da atividade econômica, com novos setores crescendo, tem gerado oportunidade para se contrapor a setores que eventualmente sentiram maior impacto da crise econômica”, diz o também sócio da PwC, Fábio Abreu.
De acordo com o levantamento da PwC Brasil, em Minas, de janeiro a agosto deste ano, foram registradas 36 operações, contra 26 do ano passado. Em 2018, o setor campeão em Minas foi o de TI, com registro de sete transações, ou seja, 19,5% do total. Em seguida vêm os setores alimentícios (5); telecomunicações (5); mineração (3); metalurgia (2); química (2), educação (2); serviços de saúde (2) e agropecuária (1).

Na avaliação de Gollo, o setor de TI projeta um futuro promissor para Minas, com empresas buscando novas soluções que eliminam tempos na aceleração do crescimento. A PwC ressalta que o Estado ocupa a primeira colocação entre as cinco maiores transações do ano no setor de TI, com a aquisição da mineira Plug CRM, desenvolvedora de softwares de gestão de relacionamento, pela Resultados Digitais.

Abreu ressalta outra característica importante que não consta do levantamento: grupos mineiros, ligados aos setores de laboratórios e locadoras de veículos, estão fazendo aquisições em outras regiões. “Essas aquisições obviamente fortalecem o crescimento da matriz baseada no Estado”, resume.

Em 2018, até agora, foram registradas em Minas 22 operações por empresas nacionais e 14 por empresas estrangeiras. Os países com maior atuação no Estado foram Estados Unidos, com quatro operações, e Canadá, com três. Aparecem com uma operação cada Áustria, Bélgica, China, Espanha, França, México e Suíça.

O relatório da PwC aponta que, em agosto, das 12 grandes transações ocorridas no País, três envolveram empresas mineiras. Uma delas foi a aquisição de 75% da Pigminas, empresa com sede em Matozinhos (Grande BH) que atua no setor de fertilizantes e nutrientes para animais, pelo grupo brasileiro Bauminas, no setor químico. Já a holding SGGC Participações realizou aquisição do SerraSul Shopping, de Pouso Alegre (Sul de Minas). Os valores das operações não foram divulgados. O terceiro negócio envolveu a Algar Telecom, que arrematou ativos da rede de fibra ótica da Cemig Telecom pelo valor de R$ 77,8 milhões.

No período de janeiro a julho de 2018, das 24 transações de destaque selecionadas pela PwC, três envolveram empresas mineiras: a aquisição da planta em construção da Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia (Calu) pela Polenghi; a aquisição total da mineira Nansen, fabricante de medidores de energia elétrica, pelo grupo chinês Sanxing Eletric e, na área de tecnologia, a compra de 25% da iMedicina, startup de Belo Horizonte que fornece softwares de gestão de negócios e relacionamento com o cliente para a área de saúde, pelo Cedro Capital pelo valor de US$ 2,5 milhões.

Fonte: Diário do Comércio