Foto: O Instituto Politécnico foi adquirido por R$ 24 milhões/Divulgação (Fonte: Diário do Comércio)

Compra do Instituto Politécnico pela Gaec Educação levará marca para Uberlândia (MG) e Catalão (GO)

A Gaec Educação S/A (Anima Educação), empresa de capital aberto que em Minas Gerais controla a Una e a Uni­BH, comprou o Instituto Politécnico por R$ 24 milhões. Com a aquisição, o grupo levará a marca Una para Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e para Catalão, em Goiás. O negócio faz parte de um movimento de consolidação no segmento, que tem levado o grupo a uma série de fusões e aquisições.

Com a compra do Politécnico, que fechou 2016 com 2,3 mil alunos, a rede passa a somar 90,8 mil alunos. A empresa também é dona das faculdades Unimonte e São Judas, de São Paulo.

Segundo o presidente da Anima, Daniel Castanho, a proposta é levar para Uberlândia e Catalão o que há de melhor. “Nós acreditamos no potencial desta região e vamos incentivar o empreendedorismo entre nossos alunos, investindo para que possam fazer a diferença. Queremos que eles coloquem a mão na massa, se reinventem, sonhem e realizem os seus propósitos colaborando com a transformação de toda a sociedade”, disse.

Já a vice-reitora da Una, Débora Guerra, destacou que a mudança da marca consolida o processo de transição e que muitas alterações já ocorreram. “Desde que chegamos, fizemos diversos estudos e modificações efetivas; tanto na parte de infraestrutura quanto nos processos de ensino e qualidade acadêmica. Recebemos a comissão do MEC em março e percebemos que as transformações apresentaram resultados, pois no recredenciamento obtivemos nota quatro, o que mostra que estamos no caminho certo”, reforça.

Dados da Hoper Estudos de Mercado colocou o grupo Anima, em 2013, entre as 12 maiores instituições privadas com fins lucrativos de ensino superior no Brasil (responsáveis por 39,3% do total de matriculados privados). Juntas, elas apresentavam naquele ano aproximadamente 2,14 milhões de alunos matriculados, ao passo que as outras instituições privadas (responsáveis por 60,7% do total de alunos matriculados privados) apresentavam aproximadamente 3,31 milhões.

Reestruturação – A diretora geral da UNA em Uberlândia e Catalão, Elaine Benfica, explica que foi preciso adequar (física e estruturalmente) o campus para receber a marca Una. “Remodelamos salas de aulas e laboratórios, adquirimos equipamentos e implantamos novos processos e sistemas para atender à forma de trabalho que adotamos na Una”, diz, acrescentando que a aquisição também vai impactar no aumento do número de vagas e dos cursos ofertados.

“Nós já solicitamos ao Ministério da Educação a ampliação de cursos nos três campi de Uberlândia e Catalão e a expectativa é de que em breve já possamos ofertar os cursos de Agronomia, Arquitetura, Biomedicina, Psicologia, Medicina Veterinária, Odontologia, Moda e Estética, em Uberlândia, além de RH em Catalão. Também já houve novas contratações.” A diretora diz ainda que, para acelerar a implantação dos processos de acordo com o padrão da Una, foi necessário trazer executivos de Belo Horizonte que assumiram cargos estratégicos.

O processo de transformação envolveu uma nova estruturação de lideranças na instituição com melhor divisão do trabalho, redefinição de áreas e o estímulo cada vez maior à cooperação, um dos valores do grupo. Neste período, foram dezenas de treinamentos para professores, adequando à forma de ensino da Una, assim como também aos demais colaboradores com treinamentos funcionais e melhoria dos processos. “Estamos trazendo para o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e interior de Goiás o que temos de melhor e que foi construído nestes mais de 53 anos de atuação na área da educação. Esta experiência que temos, e que será aplicada para os alunos daqui, colocaram a Una pelo 6º ano como o melhor centro universitário privado de Minas, de acordo com a avaliação do IGC (Índice Geral de Cursos) divulgado pelo Ministério da Educação (Inep/MEC) em março de 2017”, ressalta.

Para ela, incentivar a prática do empreendedorismo, tendo como ponto de partida os alunos e, indo além, com o envolvimento de toda a sociedade, é fundamental. Elaine Benfica explica que a escola não estará apenas nos campi. “Vamos trabalhar com a comunidade e buscar ações para que nossos alunos coloquem a mão na massa, se reinventem, sonhem e realizem os seus propósitos colaborando com a transformação de toda a sociedade”, diz. Uma ação que já está sendo implementada, e considerada prioritária, é a busca de parcerias com empresas para incentivar a empregabilidade dos alunos. “Queremos fazer esta ligação entre a formação e o mercado”, afirma.

De acordo com demonstrações financeiras divulgadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a organização registrou lucro líquido de R$ 20,8 milhões ao longo do exercício 2016, queda de 67,5% frente ao lucro de R$ 64,2 milhões em 2015. No mesmo período, porém, registrou receita líquida de R$ 956,8 milhões, crescimento de 13,5% sobre 2015. Excluídas as aquisições do período, a receita líquida foi de R$ 815,3 milhões (­3,3% na comparação com 2015), impactada principalmente pela queda na base de alunos de graduação e pelo fim do Pronatec (­ R$ 8,2 milhões sobre 2015).

Fonte: Diário do Comércio