BELO HORIZONTE ­ A rede de escolas de inglês Wise Up adquiriu 100% da Number One, dedicada ao ensino do idioma a crianças e adolescentes. A operação, cujo valor é mantido em sigilo, foi anunciada por Flávio Augusto da Silva, sócio da Wise Up.

A Number One foi fundada há 45 anos pelo professor Marcio Mascarenhas, tem 135 escolas, sendo cerca de 80% delas em Minas Gerais, Estado onde a empresa mantém a liderança do mercado de ensino de inglês, disse Silva. Com aproximadamente 2.500 funcionários, a Number One teve no ano passado faturamento superior a R$ 100 milhões, afirmou Silva.

“Com essa aquisição, nosso faturamento vai ultrapassar os R$ 350 milhões”, disse o empresário ao ValorPRO, o serviço de informações em tempo real do Valor.

Silva se refere ao faturamento total acumulado da Wise Up, da You Move e da Number One. Todas estão agora sob o guarda­chuva de uma nova empresa, uma holding chamada de Wiser Educação.

“Essa é a nossa primeira aquisição e já temos conversas encaminhadas em relação a outras”, afirmou ele. O grupo tem unidades pelo país, mas centradas em São Paulo, Rio, Curitiba, Brasília e agora Belo Horizonte. São hoje 455 unidades. “Queremos chegar a 1.000 unidades até 2020.”

Há cerca de um mês, o empresário Carlos Wizard de Martins, antigo proprietário das escolas Wizard, Yazigi, Skill e outras, e seu filho Charles Martins adquiriram, por R$ 200 milhões, 35% da Wise Up. Flávio Augusto da Silva ficou com os 65%. A mesma proporção vigora na nova holding.

A Wise Up foi fundada em 1995. Em 2013, Silva vendeu a empresa para a Abril Educação por R$ 1 bilhão. Depois, foi revendida para um fundo de investimentos. Silva readquiriu a rede por R$ 390 milhões em 2016. Também em 2013, Carlos Wizard vendeu por R$ 2 bilhões em 2013 seu império de ensino de idiomas ao grupo britânico Pearson e voltou ao setor este ano com o investimento na Wise Up.

As conversas com a Number One começaram em fevereiro. O nome continuará sendo usado após a aquisição. Silva lembra que apenas entre 3% e 4% dominam o inglês no Brasil e que esse conhecimento tem salários até 60% maiores que os demais. “Ensinar inglês é um negócio espetacular.”

Fonte: Valor Econômico | Por Marcos de Moura e Souza