“A Kroton e a Saber continuarão fazendo aquisições”, diz Rodrigo Galindo

“A Kroton e a Saber continuarão fazendo aquisições”, diz Rodrigo Galindo

Galindo fala sobre a história e o processo de expansão da companhia, conquistado principalmente por meio de aquisições. “O curso Pitágoras, a origem da Kroton, foi montado em 1966. São mais de 50 anos de história em educação”, diz. De acordo com o executivo, a nova Kroton abriu capital em 2007 e começou a ser estrutura em 2009 com a entrada do fundo de private equity Advent. Depois disso, o grupo educacional adquiriu o Iuni, a Unopar e a Anhanguera, e teve ainda a tentativa de compra da Estácio barrada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Empreender é saber correr riscos. Qualquer revés gera frustração. O que muda é como você lida com ela”, afirma.

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Neste segundo bloco (abaixo), ele fala sobre a criação da holding Saber. De acordo com o executivo, em junho de 2015 foi criado um grupo de estudo para entender o mercado de educação básica no Brasil. “O mercado de educação básica é muito fragmentado. O País tem quase 30 mil escolas privadas”, diz Galindo. No entanto, segundo ele, mais fragmentação significa mais oportunidades de consolidação com ativos menores. “A Saber veio para dar autonomia e separar bem os negócios”, afirma. O executivo comenta ainda que a aquisição da Somos Educação, que ainda está em análise pelo Cade, fez parte de uma análise estratégica muito mais ampla e que o grupo fará novas aquisições em breve.

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Redução de custos é a estratégia para crescimento em tempos de incertezas, aponta pesquisa

Redução de custos é a estratégia para crescimento em tempos de incertezas, aponta pesquisa

Empresas adotam cada vez mais redução estratégica de custos para aumentar seu diferencial competitivo

Economizar para crescer: eis um paradoxo que define a estratégia das empresas nos últimos anos, sobretudo na América Latina, para administrar custos. Entre as circunstâncias que intensificaram a adoção da medida, é possível destacar fatores macroeconômicos e flutuações tanto das taxas de câmbio globais quanto dos preços de commodities que vêm exercendo forte impacto nas perspectivas de desempenho das companhias.

A pesquisa global de redução de custos da Deloitte retrata esse cenário e aponta que 95% do empresariado brasileiro pretende implementar ações de redução de custos nos próximos 24 meses. Este número está em consonância com os levantados junto a empresários da América Latina (96%). Observa-se, porém, que o índice no Brasil é superior ao encontrado no restante do mundo (86%). A pesquisa ouviu insights de mais 1.000 executivos C-level de quatro importantes regiões: Estados Unidos (EUA), América Latina (A. Latina), Europa (EU) e Ásia-Pacífico (APAC).

Para garantir competitividade e atingir crescimento, mesmo diante de circunstâncias econômicas desafiadoras, as empresas passaram a rever suas estratégias de custo, o que pode proporcionar economias que podem ser reinvestidas em inovações, pesquisas de desenvolvimento de novos produtos e expansão para novos mercados. De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados (45%) buscou metas de redução de custos menores que 10%. Ainda assim, quase dois terços dos entrevistados (63%) relataram que não conseguiram atingir suas metas. Com relação ao não cumprimento de metas, o Brasil apresenta rendimento bastante similar à média global (64% contra 63%, respectivamente).

“Obter sucesso em meio às incertezas por meio da redução de custos é uma tendência entre as empresas de todo o mundo, especialmente no Brasil e América Latina, independentemente de apresentarem crescimento ou diminuição de suas receitas. Para executivos latinos, a projeção de cortes é uma prioridade. Ainda assim, predomina entre eles o otimismo quanto ao crescimento das médias e grandes empresas”, comenta Caroline Yokomizo, diretora de Strategic Cost Transformation da Deloitte.

Redução de custos em nome da vantagem competitiva

Reduzir custos e, simultaneamente, manter o foco em metas de expansão de vendas são prioridades aparentemente conflitantes que refletem as incertezas sobre fatores macroeconômicos globais e da economia local nas perspectivas de desempenho das companhias no curto e no longo prazo. No Brasil, a recessão é uma das principais ameaças consideradas pelas empresas, assim como a flutuação da taxa de câmbio global é um dos riscos preponderantes destacados pelas empresas mexicanas.

No caso do Brasil, associados ao cenário de recessão local, esses fatores globais exercem muita influência na composição das estratégias de negócios e de custos. Nesse sentido, a redução de custos tem sido estimulada por uma combinação de ações defensivas, que buscam controlar custos, e outras ações orientadas ao aumento da rentabilidade. Empresas brasileiras e mexicanas afirmam que farão investimentos necessários em áreas de crescimento e pretendem ganhar vantagem competitiva com as iniciativas de redução de custos.

Gestão de caixa é prioridade em empresas brasileiras

Devido ao alto grau de tensão econômica que as empresas brasileiras enfrentam, é possível que muitas estejam se concentrando em todos os aspectos da gestão de caixa, de crédito a capital de giro, incluindo liquidez e questões relacionadas à taxa de câmbio. “Em tempos de incerteza econômica, as empresas com metas agressivas de redução de custos podem se recuperar mais rapidamente e ganhar vantagens competitivas em seus mercados, ultrapassando seus concorrentes. O ambiente econômico desafiador pode representar uma oportunidade única de se posicionar para o sucesso no longo prazo, especialmente no caso do Brasil, onde a atual taxa de câmbio pode ser um estímulo às exportações”, afirma Renata Muramoto, sócia da área de Estratégia & Operações da Deloitte.

Na opinião da executiva, é importante ressaltar, ainda, que muitas empresas não alcançam metas mínimas de redução de custos. Isso significa que elas devem considerar a adoção de tecnologias exponenciais disruptivas e soluções digitais como um fator decisivo para alavancar a eficiência e a eficácia, viabilizar novos modelos de negócios e melhorar margens de forma sistêmica.

Fonte: Valor | Conteúdo de Marca

Megaleite 2018

Megaleite 2018

Foto: Peter Rossi (Carvalho Pereira Rossi Advogados), Flávia Fontes (Revista Leite Integral), Pedro Nunes (Urológica), Tatiana Teixeira (Trade) e Danielle Teixeira (Carvalho Pereira Rossi Advogados)

Fundo H.I.G. compra grupo hospitalar do ES

Fundo H.I.G. compra grupo hospitalar do ES

Após seis meses de negociações, a gestora americana de fundos de private equity H.I.G. adquiriu o controle do grupo hospitalar Meridional, no Espírito Santo. A rede já tem cinco hospitais e a meta é abrir unidades em outras regiões do país, além do próprio Estado de origem. A expansão poderá ser feita por meio de crescimento orgânico ou via aquisições.

O grupo é dono dos hospitais Meridional, São Francisco, Praia da Costa e São Luiz, localizados na região metropolitana de Vitória, e Meridional São Mateus, situado no município capixaba de São Mateus. Juntos esses hospitais possuem 400 leitos, o que classifica o Meridional como umas das maiores redes hospitalares do país.

“Nos últimos dois anos, visitamos dezenas de hospitais, mas a maioria tem menos de 100 leitos e acaba não sendo rentável porque não há escala”, disse Fernando Marques Oliveira, presidente da H.I.G. Brasil e América Latina.

O H.I.G. é um dos diversos investidores internacionais que vêm analisando o mercado de hospitais após a aprovação, em janeiro de 2015, da lei que permitiu a entrada de capital estrangeiro em hospitais e clínicas médicas do Brasil. No entanto, apesar do burburinho de fundos do exterior buscando ativos brasileiros dessa área nos últimos anos, poucas transações foram fechadas. Uma das negociações que não prosperou foi a do conglomerado chinês Fosun com o Hospital da Bahia, que durou cerca de um ano e meio. Os fundadores desistiram por não chegarem a um acordo sobre preço.

Além do H.I.G., os fundos que colocaram dinheiro no setor até o momento foram o GIC (fundo soberano de Cingapura) que, segundo fontes, fez um aporte de US$ 1 bilhão na Rede D’Or, e a gestora Bozano, que se associou ao empresário Elie Horn na holding Hospital Care.

“Foi muito importante para nós encontrarmos o parceiro certo para nos ajudar a colocar em prática o ambicioso plano de expansão que temos para o Meridional”, afirmou Antonio Benjamim, fundador e presidente do Grupo Meridional, em comunicado. O valor da transação não foi revelado.

O H.I.G. tem sob sua gestão ativos avaliados em US$ 25 bilhões. No Brasil, a gestora é dona da rede de escolas de inglês Cel.Lep e da varejista de calçados Mr.Cat, entre outras empresas.

Fonte: Valor Econômico