por Trade | jun 5, 2017 | Uncategorized
Pesquisa do Núcleo de Estudos de Empresas Familiares e Governança Corporativa, da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) revelou que, em 55% das organizações familiares, não há planejamento da sucessão. Além disso, em 81% delas, não estão sendo desenvolvidos programas para formação das novas gerações.Ao mesmo tempo, em 86% dos casos, não há preocupação com desenvolvimento de programas de vida e carreira para o fundador, após sua saída da empresa, o que é importante para seu desligamento definitivo.
As barreiras à sucessão
“Fundadores de empresas familiares permanecem 30, 40 anos na presidência e não costumam preparar novas lideranças, seja da família ou não. Muitos saem, mas, sem um projeto de vida e acostumados a se dedicarem ao negócio, acabam voltando”, explica o coordenador no núcleo de estudos, Eduardo Najjar.
“Existe ainda uma resistência por parte do fundador, que acredita que somente ele sabe fazer as coisas direito”. E mais: são comuns os casos em que não há um sucessor competente, ou em que os possíveis sucessores simplesmente não se interessam pela atividade desenvolvida no negócio.
Não é à toa, portanto, que dados mundiais indicam a alta taxa de mortalidade das empresas familiares na comparação com as demais organizações. “Segundo estatísticas globais, somente um terço das empresas familiares consegue sobreviver à transição da primeira para a segunda geração. Dessas, 15% resistem à mudança da segunda para a terceira geração”.
Como ocorre a sucessão
Quando não há planejamento, a sucessão ocorre de forma natural. “Com o falecimento do fundador, um dos filhos assume, mas sem preparo algum. Isso quando não há disputas entre irmãos”, observa Najjar.
Sem a profissionalização do negócio, dificilmente um fundador é substituído por um executivo. No entanto, é vital ressaltar que profissionalização não implica, necessariamente, a contratação de um executivo que não é da família, e sim o afastamento das questões familiares.
Para a perpetuação do negócio, aliás, é essencial que a organização tenha um conselho de família, que impede que os interesses familiares não invadam, de forma prejudicial, os interesses da empresa, de acordo com o coordenador.
Isso tem a ver com a necessidade de instituir regras para a contratação de membros da família. Trata-se de um acordo que deve ser fechado entre dirigentes e que proíbe, por exemplo, a criação de vagas apenas para acomodar um parente, bem como obriga todos os familiares a passarem pelo processo seletivo antes da contratação.
Mais dados
Outros resultados da pesquisa foram: 57% das empresas pesquisadas está no setor industrial, 21% são prestadoras de serviços e 22% são varejistas. Além disso, 13% delas são SA e possuem capital aberto.
Quanto à composição, 71% são familiares e 29%, multifamiliares. O total de organizações com diretoria composta por familiares é 72%, sendo que, em 55% dos casos, o fundador é o primeiro executivo.
É importante salientar que o estudo foi feito com uma amostra de cem empresas familiares de todos os portes (19% das participantes têm entre 500 e 5 mil funcionários). Embora, segundo Najjar, os resultados não se estendam a todas as empresas familiares, trata-se de uma amostra significativa, cujo número supera a quantidade de participantes da maioria das pesquisas no Brasil.
Fonte: www.empreendedor.com.br
por Trade | maio 22, 2017 | Uncategorized
Operação no Estado será mantida, assim como a marca
Para ampliar os negócios em Minas Gerais, a Melitta, companhia alemã especializada em café, comprou a Café Barão, empresa brasileira tradicional do setor com sede em Piumhi, região CentroOeste de Minas Gerais, e que integra o Grupo Mogyana. O negócio, que envolve também a compra dos equipamentos para a produção do café torrado e moído, não teve o valor revelado.
De acordo com o presidente da Melitta para a América do Sul, Marcelo Del Nero Barbieri, a operação será mantida, assim como a marca, o que garante a manutenção dos postos de trabalho na planta produtiva. A Café Barão tinha os produtos distribuídos principalmente em Minas Gerais e São Paulo.
“Com a aquisição, passamos também a gerir toda a força comercial da marca Café Barão, isto é, a equipe de vendas e outras áreas de suporte a vendas, como distribuição e logística. Os demais funcionários ficarão sob a gestão do antigo proprietário, que tem outros negócios na região. A Melitta sempre trabalha de forma transparente e é este espírito que estamos levando para esta nova fase da Café Barão. Foi assim que fizemos quando adquirimos o Café Bom Jesus, em 2006, e faremos agora”, afirma Barbieri.
A aquisição faz parte da política de crescimento da empresa alemã, que está no Brasil há 49 anos. Presente em 60 países, tem no Brasil o seu segundo maior mercado. Compõem o portfólio da empresa, além de cafés, filtros, cappuccinos e assessórios para café, como garrafas térmicas e suportes para filtro.
“Com a aquisição da Barão esperamos crescer ainda mais a participação do Grupo Melitta no mercado brasileiro, fortalecendo as nossas marcas em Minas Gerais, o que também contribui para que seja possível levar para mais lares brasileiros o café ideal para cada momento e para cada paladar. O Café Barão faz parte de uma empresa familiar e é uma marca muito tradicional, com mais de 25 anos de atuação em Minas Gerais e parte do interior de São Paulo. Além disso, os cafés da marca são de qualidade, em sinergia com os valores do Grupo Melitta”, explica o presidente da Melitta para a América do Sul.
Espera-se que a nova proprietária faça investimentos para desenvolver ainda mais essa marca, além de elevar a capacidade de produção. Os detalhes, porém, ainda são mantidos em segredo.
“Com essa aquisição, uniremos forças para ter um portfólio ainda mais completo e diversificado para atender aos mais variados paladares brasileiros. Continuaremos investindo em nossas marcas, fábricas e pessoas, oferecendo produtos de qualidade em que o consumidor possa confiar para servir café para os amigos e familiares”, destaca o executivo.
por Trade | maio 22, 2017 | Uncategorized
Foto: O Instituto Politécnico foi adquirido por R$ 24 milhões/Divulgação (Fonte: Diário do Comércio)
Compra do Instituto Politécnico pela Gaec Educação levará marca para Uberlândia (MG) e Catalão (GO)
A Gaec Educação S/A (Anima Educação), empresa de capital aberto que em Minas Gerais controla a Una e a UniBH, comprou o Instituto Politécnico por R$ 24 milhões. Com a aquisição, o grupo levará a marca Una para Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e para Catalão, em Goiás. O negócio faz parte de um movimento de consolidação no segmento, que tem levado o grupo a uma série de fusões e aquisições.
Com a compra do Politécnico, que fechou 2016 com 2,3 mil alunos, a rede passa a somar 90,8 mil alunos. A empresa também é dona das faculdades Unimonte e São Judas, de São Paulo.
Segundo o presidente da Anima, Daniel Castanho, a proposta é levar para Uberlândia e Catalão o que há de melhor. “Nós acreditamos no potencial desta região e vamos incentivar o empreendedorismo entre nossos alunos, investindo para que possam fazer a diferença. Queremos que eles coloquem a mão na massa, se reinventem, sonhem e realizem os seus propósitos colaborando com a transformação de toda a sociedade”, disse.
Já a vice-reitora da Una, Débora Guerra, destacou que a mudança da marca consolida o processo de transição e que muitas alterações já ocorreram. “Desde que chegamos, fizemos diversos estudos e modificações efetivas; tanto na parte de infraestrutura quanto nos processos de ensino e qualidade acadêmica. Recebemos a comissão do MEC em março e percebemos que as transformações apresentaram resultados, pois no recredenciamento obtivemos nota quatro, o que mostra que estamos no caminho certo”, reforça.
Dados da Hoper Estudos de Mercado colocou o grupo Anima, em 2013, entre as 12 maiores instituições privadas com fins lucrativos de ensino superior no Brasil (responsáveis por 39,3% do total de matriculados privados). Juntas, elas apresentavam naquele ano aproximadamente 2,14 milhões de alunos matriculados, ao passo que as outras instituições privadas (responsáveis por 60,7% do total de alunos matriculados privados) apresentavam aproximadamente 3,31 milhões.
Reestruturação – A diretora geral da UNA em Uberlândia e Catalão, Elaine Benfica, explica que foi preciso adequar (física e estruturalmente) o campus para receber a marca Una. “Remodelamos salas de aulas e laboratórios, adquirimos equipamentos e implantamos novos processos e sistemas para atender à forma de trabalho que adotamos na Una”, diz, acrescentando que a aquisição também vai impactar no aumento do número de vagas e dos cursos ofertados.
“Nós já solicitamos ao Ministério da Educação a ampliação de cursos nos três campi de Uberlândia e Catalão e a expectativa é de que em breve já possamos ofertar os cursos de Agronomia, Arquitetura, Biomedicina, Psicologia, Medicina Veterinária, Odontologia, Moda e Estética, em Uberlândia, além de RH em Catalão. Também já houve novas contratações.” A diretora diz ainda que, para acelerar a implantação dos processos de acordo com o padrão da Una, foi necessário trazer executivos de Belo Horizonte que assumiram cargos estratégicos.
O processo de transformação envolveu uma nova estruturação de lideranças na instituição com melhor divisão do trabalho, redefinição de áreas e o estímulo cada vez maior à cooperação, um dos valores do grupo. Neste período, foram dezenas de treinamentos para professores, adequando à forma de ensino da Una, assim como também aos demais colaboradores com treinamentos funcionais e melhoria dos processos. “Estamos trazendo para o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e interior de Goiás o que temos de melhor e que foi construído nestes mais de 53 anos de atuação na área da educação. Esta experiência que temos, e que será aplicada para os alunos daqui, colocaram a Una pelo 6º ano como o melhor centro universitário privado de Minas, de acordo com a avaliação do IGC (Índice Geral de Cursos) divulgado pelo Ministério da Educação (Inep/MEC) em março de 2017”, ressalta.
Para ela, incentivar a prática do empreendedorismo, tendo como ponto de partida os alunos e, indo além, com o envolvimento de toda a sociedade, é fundamental. Elaine Benfica explica que a escola não estará apenas nos campi. “Vamos trabalhar com a comunidade e buscar ações para que nossos alunos coloquem a mão na massa, se reinventem, sonhem e realizem os seus propósitos colaborando com a transformação de toda a sociedade”, diz. Uma ação que já está sendo implementada, e considerada prioritária, é a busca de parcerias com empresas para incentivar a empregabilidade dos alunos. “Queremos fazer esta ligação entre a formação e o mercado”, afirma.
De acordo com demonstrações financeiras divulgadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a organização registrou lucro líquido de R$ 20,8 milhões ao longo do exercício 2016, queda de 67,5% frente ao lucro de R$ 64,2 milhões em 2015. No mesmo período, porém, registrou receita líquida de R$ 956,8 milhões, crescimento de 13,5% sobre 2015. Excluídas as aquisições do período, a receita líquida foi de R$ 815,3 milhões (3,3% na comparação com 2015), impactada principalmente pela queda na base de alunos de graduação e pelo fim do Pronatec ( R$ 8,2 milhões sobre 2015).
Fonte: Diário do Comércio
por Trade | maio 22, 2017 | Uncategorized
Foto: Alessandro Farkuh, diretor de fusões e aquisições do Bradesco BBI (Fonte: Valor Econômico)
A perspectiva de recuperação da economia brasileira deve movimentar o mercado de fusões e aquisições neste ano. Ninguém arrisca um exercício de futurologia para fazer projeções, mas a percepção de banqueiros de investimento e advogados é que a expectativa de retomada econômica trouxe um ânimo adicional para potenciais compradores. Do lado das companhias, a notícia vem em boa hora, já que para muitas delas a venda de ativos é a única alternativa para reestruturar seus passivos.
“Há compradores de grandes grupos estrangeiros e locais que entendem que o Brasil está num ponto de inflexão, e eles estão buscando empresas para comprar”, afirma Alessandro Farkuh, diretor de fusões e aquisições do Bradesco BBI
Negócios anunciados no ano passado já sinalizam para um 2017 mais vigoroso. Foram 138 operações divulgadas em 2016, que somaram R$ 179,2 bilhões, ante 111 fusões e aquisições, de R$ 109,5 bilhões, em 2015, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Como algumas dessas transações ainda não foram fechadas, elas devem engordar a estatística de 2017.
Em termos de operações fechadas, o ano passado mostrou uma queda na comparação com 2015, tanto em número quanto em volume financeiro, algo que deve ser revertido neste ano, na avaliação dos banqueiros.
Além da perspectiva de um cenário econômico mais favorável, os compradores de ativos encontram uma oferta bastante extensa de empresas à venda ou em busca de alguém para se unir por causa do elevado grau de endividamento. “Alguns grupos veem a oportunidade de comprar ativos que não vinham a mercado antes”, diz Roderick Greenlees, diretor da área de banco de investimentos do Itaú BBA.
Entre os ativos que se enquadram nesse caso estão, por exemplo, a fabricante de sandálias Alpargatas, vendida pela Camargo Correa para o grupo J&F, e algumas operações alienadas pela Petrobras.
Diante de problemas de liquidez, é via fusões e aquisições que as empresas estão buscando se reestruturar. “Vendeu, entrou dinheiro, desalavanca rápido, a empresa desafoga, passa a ter um rating melhor, tem mais capacidade de crédito e quando a economia voltar a crescer ela tem mais capacidade de se desenvolver”, diz um banqueiro que preferiu não ter seu nome divulgado. “Em última instância, posso dizer que algumas empresas estão dando um passo para trás para poder dar dois ou três para frente.”
Ainda não concluído, o programa de venda de ativos da Petrobras trouxe ao caixa da companhia R$ 7,23 bilhões no ano passado. Essa foi uma das medidas que permitiram à empresa conseguir em fevereiro uma melhora da classificação de risco pela S&P Global, abrindo espaço para uma redução no custo de empréstimos.
Eduardo Miras e Alessandro Zema, corresponsáveis pelo banco de investimento do Morgan Stanley, também dizem perceber que muitos controladores estrangeiros de companhias ainda estão avaliando se vão manter as atividades de suas empresas. “Quando acontece uma recessão, gerase a necessidade de decidir se a empresa vai ou fica”, afirma Zema. É o que se viu acontecer recentemente com o HSBC, vendido para o Bradesco, com o banco de varejo do Citi, comprado pelo Itaú Unibanco, e com a Brasil Kirin, adquirida pela holandesa Heineken. Movimentos desse tipo ainda devem acontecer. As fusões e aquisições também podem ganhar mais tração se os bancos demonstrarem mais disposição para financiar os negócios, de acordo com o advogado José Eduardo Carneiro Queiroz, sóciodiretor do Mattos Filho. Se até o ano passado as instituições mantinham as torneiras bastante fechadas para conceder crédito, agora algumas instituições já começam a prever mais desembolsos. Questionados sobre as áreas que mais devem ter fusões e aquisições, os banqueiros dizem que não haverá uma concentração setorial. Empresas de energia, saúde, educação, óleo e gás, seguro e varejo são alguns dos alvos. A cadeia do agronegócio, ainda bastante concentrada nas mãos de brasileiros, também deve ver mais ativos candidatos à venda. (Colaborou Flavia Lima)
Fonte: Valor Econômico
por Trade | maio 16, 2017 | Uncategorized
Com o investimento, a Sonda passou a deter 60% de participação societária na Ativas, permanecendo a Cemig e o grupo Asamar com os outros 40%
Aliança, que demandou aporte de R$ 114 milhões, agrega valor aos processos de negócios dos clientes
A ampliação do portfólio de serviços e da atuação para outros mercados serão os principais ganhos da mineira Ativas Data Center após o aporte de R$ 114 milhões da chilena Sonda. Trata-se da maior companhia latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação (TI), com mais de 20 mil colaboradores na América Latina, sendo 14 mil no Brasil, agregando, entre outras coisas, o modelo de serviço já aplicado hoje junto a sua rede de clientes.
Lançada oficialmente ontem, em Belo Horizonte, a parceria foi anunciada em agosto do ano passado, mas o fechamento da transação estava sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), processo que se encerrou ainda em 2016. Com o investimento, a Sonda passou a deter 60% de participação societária na Ativas, permanecendo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o grupo Asamar com os outros 40%.
Para o acionista e membro do conselho de administração do grupo Asamar, Sérgio Cavalieri, este é mais um capítulo na história da Ativas Data Center. Segundo ele, a parceria firmada com a gigante chilena representa uma decisão estratégica dos sócios, visando o reposicionamento da empresa mineira no mercado nacional.
“Com a chegada da Sonda, a empresa passa a se chamar Sonda Ativas e a acumular as qualidades e características dos três grupos. A Cemig oferece sua expertise enquanto maior empresa do Estado, com qualidade e exemplo de governança e atendimento ao consumidor; a Asamar, com 85 anos de história, traz o excelente relacionamento com os stakeholders; e a Sonda, com 40 anos de mercado, colabora com um know how nas áreas de serviços e TI”, detalhou.
Conforme Cavalieri, com a entrada da Sonda na sociedade, os planos são de expandir a oferta e o mercado de atuação, colaborando para o crescimento da empresa, sempre com foco na entrega de serviços de maior valor agregado.
Vale destacar que a Ativas foi criada em 2010 e sua atuação compreende um conjunto de serviços baseados na exploração de seu data center, que conta com certificação Tier III, além de modernos padrões internacionais de sustentabilidade ambiental e eficiência energética. A empresa conta ainda com uma área de 1,5 mil metros quadrados de piso elevado e uma área total construída de 6 mil metros quadrados em um terreno de 11 mil metros quadrados, permitindo futuras expansões.
Além disso, a empresa dispõe de uma relevante carteira de clientes, alguns deles importantes empresas brasileiras e várias das maiores companhias mineiras. Neste sentido, Cavalieri ressaltou que, desde o ano passado, os serviços agregados pela Sonda já estão disponíveis na Ativas.
“A vantagem é que hoje a Ativas tem em seu portfólio variedade de serviços, todos voltados para médias e grandes empresas. Os serviços agregados pela Sonda a torna uma empresa bastante completa e com ferramental forte para competir em qualquer mercado”, explicou.
Fonte: Diário do Comércio
por Trade | abr 30, 2017 | Uncategorized
Preço da ação ficou em R$ 19 na operação de abertura de capital da rede de laboratórios mineira
O laboratório Hermes Pardini movimentou R$ 877,7 milhões em sua abertura de capital, marcando a segunda oferta inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da BM&FBovespa na semana, após a operação da locadora de automóveis Movida.
As ações da Hermes Pardini serão negociadas no Novo Mercado segmento que exige o cumprimento mais restritivo de regras de governança e deverão estrear oficialmente no pregão da bolsa na terça-feira.
Ao contrário da Movida, que teve de reduzir o preço inicial para conseguir viabilizar o IPO, o Hermes Pardini conseguiu precificar sua ação em R$ 19, valor pouco acima do piso proposto A demanda superou a oferta de papéis em três vezes, de acordo com fontes de mercado. Os investidores locais dominaram cerca de 80% das ordens.
Ainda segundo fontes, a estratégia dos bancos não foi forçar o preço para cima e evitar que as ações passassem por um forte recuo logo após o IPO, como ocorreu com a Alliar, de diagnósticos de imagem, que acumula queda de 8,6% desde sua estreia, em outubro de 2016.
O valor total da operação indica que saíram os lotes adicional e do suplementar. Do total movimentado na oferta da Hermes Pardini, R$ 187,3 milhões correspondem à oferta primária, ou seja, o total vai para o caixa da empresa. A oferta secundária movimentou R$ 690,4 milhões, que deverão ir para o bolso dos acionistas vendedores.
Entre os acionistas vendedores no IPO estão os sócios da família fundadora, incluindo Victor Cavalcanti Pardini, Regina Pardini e Áurea Pardini, que detinham, até a realização do IPO, cerca de 70% da empresa. A operação, aliás, pode pôr fim a uma briga societária entre os três irmãos, dizem fontes. O restante da empresa estava com o fundo de private equity Gávea, de Armínio Fraga, que investiu no negócio em 2011.
Otimismo e cautela Para fontes de mercado, os diferentes resultados dos IPOs e da oferta subsequente da concessionária CCR na semana são um “aperitivo” do apetite dos investidores para o restante do ano. Embora o consenso seja de um ano mais movimentado do que 2016 quando houve apenas uma abertura de capital , não haverá situações de euforia já vistas no passado.
O recado parece estar claro: tudo vai depender de cada companhia. Empresas já testadas que fazem “follow on” caso da CCR, que movimentou R$ 4 bilhões tendem a ter boa procura.
O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, calcula que, juntas, as ofertas iniciais e as subsequentes possam somar R$ 25 bilhões este ano. Segundo o executivo, 17 empresas estão na fila para pedir registro e fazer emissões de ações. Até aqui, as ofertas de 2017 já somam cerca de R$ 5,6 bilhões.
Fonte: Diário do Comércio